terça-feira, 23 de junho de 2015

RE-ARRANJO E CULTURA
confluências de experiências.

O re-arranjo consiste em um processo criativo em que a música escolhida atua como base de composição para integrar as quatro áreas da Arte. O re-arranjo tem possiblidades infinitas de composição e pode ser realizado com os mais diversos tipos de recursos sonoros, não exige material próprio e amplia a experimentação de sons em diferentes objetos, uma vez que o produto final depende dos recursos disponíveis no momento. Portanto conclui-se que o re-arranjo é uma grande experiência de experiências, pelo conhecimento da música escolhida e todas as possibilidades de ‘re-arranjar’ a mesma, seja com o próprio corpo, com instrumentos, e também pela ampliação da cultura musical, nesse caso, através de um método instigante, ou seja, da preferência particular para o geral, pois a apreciação musical é particular e cultural, e observa-se no produto final, uma confluência de culturas musicais.
A música enquanto fenômeno cultural, podemos afirmar, segundo Luis Ricardo Silva Queiroz, que aborda questões como o papel da música com cultura, e a sua importância para sistematização da educação musical atualmente, o capítulo se baseia na exploração musical e suas possibilidades performáticas, o universal e o particular, que levam uma reflexão sobre os processos de ensino e aprendizagem em música, que levará à ações educativas que mostrem a complexidade e a variedade do fenômeno musical. O autor também enfatiza que toda atividade humana concebida socialmente torna-se performática, no sentido que o homem atribui, a cada situação vivida por ele, características e funções específicas, exigindo dos indivíduos comportamentos adequados à ocasião, ao momento e ao lugar. Também nos diz que a performance pode ser entendida como um modo de expressão e comunicação que faz de um evento social um veículo carregado de sentidos e de estruturas determinantes de situações diferenciadas das experiências e vivências cotidianas da sociedade. E também finaliza afirmando que “assim deve ser a experiência musical numa prática educativa, uma experiência que seja concebida como resultado da assimilação de aspectos relacionados à vida do indivíduo e, consequentemente, à sua cultura.”


Apontamentos retirados dos capítulos 2 (Luis Ricardo Silva Queiroz) e 5 (Maura Penna
Vanildo Mousinho Marinho) do livro: 

Contexturas: o ensino das artes em diferentes espaços / Vanildo Mousinho Marinho e Luis Ricardo Silva Queiroz (Organizadores). - João Pessoa: Editora Universitária / UFPB, 2005. 181 p.

O livro é recheado de muitas reflexões e possibilidades do ensino de Arte, vale a pena conferir.

http://www.ccta.ufpb.br/pesquisarte/Masters/contexturas.pdf




Formação de professores - contribuições do PIBID



O Livro Formação de professores - contribuições do PIBID, da editora UNICENTRO, publicado no ano de 2014, foi organizado por Karina W. Beckmann e Márcia T. Tembil.
Nele encontram-se 16 capítulos com estudos voltados ao desenvolvimento do PIBID em colégios estaduais nas áreas de humana e exatas.
O capitulo Xlll "O PIBID Formando Porfessores-Pesquisadores de Arte" escrito pela professora do departamento de arte-educação da UNICENTRO Daiane S. Stoeberl da Cunha, foi sugerido pela mesma para estudo. Segue a baixo uma breve síntese.  

O PIBID Arte, contribui para para a melhor formação docente, buscando valorizar o ensino da arte na educação básica, assim como a efetivação do ensino de música nas escolas, obrigatório desde 2012 com a implementação da lei nº 11.769 no artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/96.
No primeiro semestre do ano de 2010 o projeto iniciou-se com os acadêmicos-pesquisadores tomando conhecimento do espaço escolar e das dinâmicas das duas escolas através de observações de aulas de arte e das práticas docentes em todo ambiente escolar como conselhos de classe, planejamentos, avaliações e etc.
Os acadêmicos-pesquisadores foram divididos em dois grupos sob supervisão de professoras de arte em ambos os colégios. Após essa fase as observações passaram a ser efetivas e os acadêmicos realizaram contribuições em sala e no segundo semestre de 2010 tornaram-se monitores e auxiliares dos professores regentes, o que tornou-se fundamental a interação dos acadêmicos dentro da escola. 
Após o processo de reconhecimento do ambiente escolar foi dado inicio a segunda etapa do projeto: a organização de oficinas extracurriculares em Arte.
De inicio os bolsistas aplicaram um questionário afim de coletar dados relevantes para a elaboração destas oficinas. As oficinas foram desenvolvidas como projetos educativos que englobam a visualidade, a sonoridade e a corporeidade, entendendo a musica como linguagem que envolve o corpo. 
Sendo assim todas as oficinas partiram da musica, entretanto cada uma possuía uma abordagem especifica. Sendo elas: Jogos Musicais/Teatrais, Fazendo Música Com Tudo, Hip Hop, Dos Fios de Cabelo as Pontas dos Pés.
Dentro dos quatro anos de projeto, pode-se destacar também o projeto "Musica e tecnologia" realizado nos anos de 2012 e 2013 nas escolas parceiras com alunos do ensino fundamental.
Neste projeto os bolsistas passaram pelas etapas citadas a cima até chegarem na elaboração e aplicação do mesmo. Este projeto foi fundamental para a qualificação do ensino de música diante das novas tecnologias.
Os alunos tiveram a oportunidade de criar e principalmente vivenciar propostas de produção musical e do pensamento contemporâneo em musica.
O desenvolvimento de projetos como o do PIBID Arte é essencial para formar professores capazes de realizar subprojetos a partir de múltiplas linguagens.




segunda-feira, 22 de junho de 2015

Projeto de ensino ConSom: uma abordagem didática da Arte Conceitual e Sonora

O PIBID Música/Arte finalizou a escrita do novo projeto de ensino, elaborado durante esse primeiro semestre do ano de 2015 pelas pibidianas, professoras supervisoras e Coordenadora. Então, vamos conhecer esse projeto?!
O Projeto de ensino ConSom: uma abordagem didática da Arte Conceitual e Sonora, traz uma maneira diferente para o professor trabalhar os temas de Arte Conceitual e Arte Sonora de forma associada, e pode ser adaptado conforme a turma que se deseja trabalhar. Pretende-se que os (as) alunos (as) compreendam e vivenciem um processo criativo em Arte Sonora a partir da perspectiva da Arte Conceitual.
Nesse projeto há 10 planos de aulas, referentes a 20 horas/aula.  Cada plano de aula contém sugestões de vídeos, músicas e materiais, além de conter atividades dinâmicas para cada aula. Paralelo ao projeto, desenvolveu-se uma apostila como material didático, que contém textos, atividades e espaços para que os alunos façam suas anotações.

A aplicação desse projeto no Colégio Estadual Bibiana Bitencourt e no Colégio Leni Marlene Jacob está no início, logo mais portaremos relatos dessa prática. Disponibilizamos neste link, o projeto e os materiais didáticos e convidamos você professor, para aplicar esse projeto em suas turmas e então dar seu relato de como seus alunos responderam a esse processo e compartilharmos nossas experiências!!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Folclore Brasileiro, em Instalação Folclore Digital

Instalação Folclore Digital


No mês de maio a equipe do PIBID, visitou a Instalação sobre folclore brasileiro, em Curitiba- PR, exposta na Caixa Cultural.
A instalação é promovida pela dupla VJ Suave, reconhecida internacionalmente pelo trabalho com intervenções e mídias digitais. Combinando grafite digital, poesia, personagens animados, luzes e música, os artistas Ygor Marotta e Cecilia Soloaga proporcionam aos visitantes uma performance sensorial. A intenção da instalação é oferecer ao visitante e espectador a oportunidade de explorar imagens e sons da natureza com lendas do folclore brasileiro e com novas linguagens de mídia.
Na exposição, as lendas ganham vida combinadas com a tecnologia da projeção em video mapping – projeção de imagens em superfícies irregulares. A trilha eletrônica utiliza referências dos tambores africanos e cantos indígenas, explorando os quatro elementos da natureza (água, fogo, terra e ar) e quatro das lendas do folclore brasileiro: Mula sem cabeça, Saci-Pererê, Curupira e Boto Cor-de-Rosa.

 É uma experiência que agrega muito conhecimento e uma forma dinâmica de ensinar e aprender mais sobre nossa cultura.




domingo, 14 de junho de 2015

Arte, Atualidade e ensino

           No livro Arte, Atualidade e ensino, foi estudado o capitulo  Educação musical na disciplina de arte: perspectivas curriculares paranaenses, escrito por Daiane Stoeberl da Cunha, foi um dos textos aprofundados e discutido e  pelo pibidianos, com o proposito de enriquecer o conhecimento e refletir sobre as praticas pedagógicas do ensino de arte e em especial o ensino de música.
            O texto inicia-se fazendo uma breve apanhado histórico sobre o ensino de arte no brasil. A autora fala sobre a atual LDB, n. 9394/96 que significou um grande avanço para essa área do conhecimento, e sita alguns outros documentos entre eles estão os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) que por sua vez, contemplam a área de arte servindo como pressuposto norteador na elaboração de planos e projetos pedagógicos nas escolas de rede publica e privada e em todos os níveis de ensino.
            O Paraná possui um outro documento chamado Diretrizes Curriculares Estaduais- DCE; sendo ela específica para cada disciplina, no final de cada documento á uma tabela onde os conteúdos são organizados por séries e devem ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica curricular das escolas.
            Pensado nesses documentos que devem auxiliar os professores a autora sistematiza perguntas onde foca-se no posicionamento pessoal de cada professor a frente das seguintes temáticas; ensino de Arte versus ensino específico das linguagens; a organização dos conteúdos nas Diretrizes Curriculares Estaduais; planejamento pedagógico frente aos conteúdos específicos da Arte; perspectiva sonoro-visual-corporal no ensino musical.
            Nas respostas sobre as DCE observamos que a maioria dos professores apresentam aspectos negativos, como desconhecimento dos conteúdos, inflexibilidade no planejamento, a atual organização da DCE confusa e sem conexão. Sobre o PTD – Plano de Trabalho Docente, percebemos alguns aspectos positivos e negativos, havendo críticas em relação ao ensino reprodutivista na arte.
            Sobre ensino da arte versus ensino especifico das linguagens, a autora separou as respostas em 3 categorias sendo elas: 1) ensino de uma área preferencialmente, 2)ensino das quatro áreas separadamente, 3) ensino da arte buscando a interrelação das áreas artísticas.

            Pensando nisso caro leitor, pergunto a você sobre a sua opinião em relação ao ensino de arte, ela deve ser ensinada como um todo, ou com linguagens separadas? É possível trabalhar com todas as áreas da arte, sendo elas separadas ou não, dentro da sala de aula?  Qual é a sua opinião sobre a dificuldade em se trabalhar as áreas da arte juntas?

O link do livro Arte, atualidade e ensino:
https://attachment.fbsbx.com/file_download.php?id=1415462828774824&eid=ASs38Tktf4LmHvNHOxbL-U_Rxli_v7LVpIu78UnDZmfwL9IOlTlLxpO58XyElMcpCtQ&inline=1&ext=1434303978&hash=ASssDIP0tSLYJoOt


segunda-feira, 8 de junho de 2015

Museu Oscar Niemeyer

Em uma viagem cultural, realizada pelos participantes do PIBID no dia 28 de maio, tivemos a oportunidade de visitar o MON, localizado em Curitiba, capital do Paraná, projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.  Teve sua inauguração no ano de 2002 e possui um espaço por cerca de 35 mil metros quadrados. No museu, são realizadas exposições voltadas para os temas de Artes Visuais, Arquitetura, Urbanismo e Design. O MON está aberto ao público de terça a sexta-feira, das 10h às 18h e no primeiro domingo de todo mês das 12h às 18h. É considerado um dos maiores pontos turísticos de Curitiba, já foi contemplado com alguns prêmios que lhe agregam valor e esse ano foi classificado entre os 10 museus brasileiros pra serem visitados pelo site “Pure Viagem”. 


Durante essa visita, pudemos contemplar obras de artistas renomados como Sebastião Salgado, Regina Silveira e Luiz Sacilotto.

                                                                  Sebastião Salgado

Fotógrafo brasileiro, nascido em Minas Gerais, se formou em economia, mas, após uma viagem a trabalho para a África começou seus trabalhos fotográficos, mas sem intenção de ser um profissional da área, mas ao passar do tempo foi descobrindo sua paixão pela fotografia. Desde então Sebastião Salgado começou a trabalhar com fotojornalismo e retrata temas sociais em suas imagens.
Sua exposição no MON é de sua obra "Genesis", imagens que são resultados de oito anos de trabalho e mais de trinta viagens, e a intenção dessa mostra é apresentar lugares não explorados pela vida moderna.
                                                          Algumas imagens de "Genesis":





                                                                  Regina Silveira

Regina Silveira, brasileira nascida no Rio Grande do Sul, é artista visual e arte-educadora.Iniciou seu contato com a arte como pintora, e no fim dos anos 60 teve contato com a arte conceitual, da qual trabalha até os dias de hoje. Devido ao fato de além de artista ser arte-educadora, sempre traz em suas obras mensagens relacionadas a temas culturais. Em "Crash!", sua mostra que estava em cartaz no MON durante nossa visita, Regina aborda temas como violência e perigo, através de um jogo de luz e sombras, objetos, e representações de objetos "perigosos".
                                                       Algumas imagens de "Crash!"






Luiz Sacilotto

Luiz Sacilotto, artista brasileiro já falecido em 2003, nasceu em São Paulo e veio de uma família de imigrantes italianos. Foi pintor, escultor e desenhista. Suas composições são marcadas por cores e formas geométricas, onde percebe-se um grande processo de elaboração até se chegar ao resultado final.
A exposição no Museu é referente às suas obras.
                                                     Algumas obras de Luiz Sacilotto:



Arte Cibernética - Itaú Cultural

Esta exposição representa o conceito de arte cibernética e é considerada uma das pioneiras da América Latina. Foi elabora pelo Núcleo de Inovação e Artes Visuais do instituto. É uma grande expressão artística contemporânea, onde as linguagens da arte, mídia e tecnologia se mesclam.
Algumas obras da exposição:





Para mais referências e informações, visitem o site do Museu: http://www.museuoscarniemeyer.org.br/home

domingo, 7 de junho de 2015

Os Tapetes Contadores de Historias

A Equipe do PIBID 2015 teve oportunidade de visitar a Caixa Cultural em Curitiba e conhecer a mostra dos Tapetes Contadores de Histórias. Aberta ao público desde do dia 11 de abril finalizando no dia 31 de maio.
A mostra trouxe trabalhos inéditos do grupo Os Tapetes Contadores de Histórias, além de acervos já consagrados e obras criadas em parcerias com artistas franceses e peruanos. Na temporada em Curitiba além de ouvir as histórias houve também o momento do público compartilhar suas histórias. O Roda de Histórias consiste em um tempo destinado a troca de experiências, onde se compartilha histórias que podem ser lendas, narrativas, causos ou relatos. O ambiente é convidativo e informal fazendo com que o público se sinta a vontade para partilhar.


O grupo Os Tapetes Contadores de Histórias nasceu em 1998 com o objetivo de instigar em crianças e jovens o gosto pela leitura e artes. O hepteto formado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do (UNIRIO) Rio de Janeiro busca em seu trabalho pesquisar a interação entre as artes visuais e os contos orais. Eles se utilizam de objetos como aventais, bonecos de pano, tapetes confeccionados, roupas, livros, caixas entre outros. As histórias contadas, podem ser contos populares ou autorais de diferentes fontes e até de escritores consagrados. O grupo é formado por Andrea Pinheiro, Cadu Cinelli, Edison Mego, Helena Contente, Ilana Pogrebinschi, Rosana Reátegui e Warley Goulart. Os Tapetes Contadores de Histórias já percorreram muitos lugares do nosso país e também do mundo como Espanha, México, Nicarágua, Peru, Chile, Portugal e Argentina contando histórias e também desenvolvendo oficinas de contação. 
Vale a pena conferir mais do trabalho da equipe e também ficar atento as programações das Caixa Cultural de Curitiba: 
http://tapetescontadores.com.br/
http://www.caixacultural.com.br/SitePages/unidade-home.aspx?uid=2











Vermelho como o Céu (Rosso come il Cielo)


O drama baseado em fatos reais da vida de um renomado editor de som da industria cinematográfica italiana,  Mirco Mencacci, que com 10 anos sofreu um acidente em que perdeu sua visão e passou a estudar em um instituto para deficientes visuais, onde, com os amigos, encontrou um novo modo de ver o mundo, através do som.
O filme pode ser utilizado como meio pedagógico para instigar a curiosidade dos alunos sobre os sons que os cercão no dia a dia, ligando ao conceito de Paisagem Sonora, de R. Murray Schafer, professor canadense que pesquisou sobre os diferentes sons característicos de determinados ambientes do mundo, e pode ser lido em seu livro A Afinação do Mundo, que perpassa os sons do passado, analisa os sons do presente e imagina os sons futuros.

Como sugestão de atividade, após a exibição do filme e da explicação sobre Paisagem Sonora, levar os alunos a fecharem os olhos e escutarem os sons que, normalmente, não escutam, e que estão ao seu redor todos os dias. Ou ainda, incitar sua memória sonora para que descrevam sons que escutariam em outros ambientes, como em casa, na fazenda, no mercado, na igreja, lugares que eles frequentem no seu cotidiano.

O filme está disponível legendado no Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=yvd9R30hNqk

Diretor: Cristiano Bortoni
Lançamento: 2006
Duração: 1h 36min
Classificação: Livre

Isabel Ramos - Acadêmica bolsista PIBId

Orquestra Sinfônica do Paraná

Dia 28 de Maio de 2015 o grupo PIBID de Arte teve a oportunidade de assistir à Orquestra Sinfônica Paranaense em pleno movimento no Centro Cultural Teatro Guaíra de Curitiba, justamente no dia em que a recente (porém excelente) Orquestra completaria seus primeiros 30 anos de existência.

OSP em ação, com a regência de José Maria Florêncio.



A ORQUESTRA

Um pouco de história


Orquestra Sinfônica do Paraná é uma orquestra brasileira que foi criada em 28 de Maio de 1985. Seu primeiro maestro titular e emérito foi Alceo Boccino e o primeiro maestro adjunto, Osvaldo Colarusso. Foi instalada permanentemente no Teatro Guaíra de Curitiba e fundada pela Secretaria de Cultura de Curitiba; após a idealização (segundo Colarusso, creditada à violinista Eleni Bettes), audições para os músicos oficiais ocorreram em dois meses, a banca examinadora formada pelos maestros.
Foto tirada por Osvaldo Colarusso em 1985.

Os primeiros meses de ensaio foram complicados, visto que não haviam condições adequadas para os músicos no Guaíra, o que não os fez desanimar. Seu concerto de estreia foi com a abertura da ópera Anacreon, de Luigi Cherubini (primeira audição no Paraná), sob a regência de Osvaldo Colarusso. O êxito da estreia fez com que logo a Orquestra estivesse fazendo os famosos "Concertos Matinais", e a partir de 1985 iniciaram-se os trabalhos junto ao Balé Teatro Guaíra, e a produção de óperas.


Atuais músicos da OSP.

Ao longo dos 30 anos de existência da OSP, as dificuldades foram superadas e hoje ela contabiliza com 61 músicos concursados e um histórico de cerca de 750 concertos, óperas e balés apresentados dentro e fora do país, com um repertório de obras de mais de 200 compositores nacionais e internacionais. Neste link pode-se ter uma visão mais abrangente e subjetiva dos difíceis primeiros anos da Orquestra, escrita por Osvaldo Colarusso.





28 de Maio de 2015

O trigésimo aniversário da Orquestra Sinfônica Paranaense foi comemorada com uma programação e convidados especiais no Teatro Guaíra. Regida por um importante nome da música brasileira que atua no cenário mundial, José Maria Florêncio, e com a participação especial de Alex Klein, um dos mais renomados músicos eruditos brasileiros e atual Diretor Artístico da FEMUSC (Festival de Música de Santa Catarina) e Diretor Geral da PRIMA (Programa de Inclusão através da Música e Artes), na Paraíba.  A Orquestra performou concertos de Tchaikovsky, Strauss e Sibelius, com duração total de 90 minutos.

OSP em ação, com a regência de José Maria Florêncio.


Um pouco mais sobre os compositores

  • Piotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893)

Compositor romântico russo aos cinco anos já tocava piano e aos sete começou a compor. Estudou Direito e com isso ingressou no Ministério da Justiça, mas acabou pedindo demissão para se dedicar à música como profissão. Estudou composição com Anton Rubinstein e ao concluir, em 1866, foi convidado para o cargo de professor de harmonia no conservatório de Moscou. Tchaikovsky foi muito eclético, compôs em quase todos os gêneros. A atração de sua música tem origem na riqueza inesgotável de sua invenção melódica, ressaltada por conhecimento consumado de harmonia e contraponto, e dotada de um esplendor orquestral de marca facilmente reconhecível. Entre suas obras estão: O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida, O Quebra-Nozes, A Dama de Espadas, Romeu e Julieta, concertos e sinfonias.


O Concerto de 28 de Maio - "Eugene Onegin: Polonaise"

Abriu o conserto de aniversário com seus fantásticos cinco minutos. A música faz parte da suíte Quebra-Nozes e conta a história de um homem que recusa o amor de uma jovem romântica, alegando não ter nascido para o casamento. Mais tarde, encontrando-se casada, desespera-se numa paixão inútil, pois Tatiana, a heroína, permanece fiel ao seu marido, o príncipe Gremin, apesar dos rogos de Eugene Onegin. A cena ocorre no fim do século XVIII em São Petersburgo.

Pode-se ouvir gratuita e integralmente a música "Eugene Onegin" e toda a obra de Tchaikovsky no Rdio, fazendo login com email ou através da rede social Facebook.



  • Richard Strauss (1864-1949)

Compositor alemão, considerado como um dos mais destacados representantes da música no final da Era Romântica. EM 1886 se tornou regente da orquestra de Munique; em 1894 da Filarmônica de Berlim; em 1898 da Ópera Real de Berlim com a qual realizou turnê, em 1904, pelos Estados Unidos. Após a 1ª Guerra Mundial, renunciou a toda função política para se isolar em sua residência em Garmisch. Seus 60 anos são marcados por novidades e pelas forças de espírito nas suas obras; enquanto que nos últimos 30 anos aparecem m suas composições uma grande influência da obra de Brahms. Entre 1905 e 1915, surgem suas melhores óperas, mostrando seu estilo pessoal, complexo e até violento como é o caso de Salomé e Elektra.

O Concerto de 28 de Maio - "Concerto para oboé e pequena orquestra em ré maior"

Após a performance de Tchaikovsky, a Orquestra Sinfônica Paranaense inicia, juntamente de Alex Klein - que, inclusive, ganhou o prêmio Grammy em 2002 como "Melhor Solista Instrumental com Orquestra" com a gravação do mesmo concerto realizado com a Orquestra Sinfônica de Chicago -, o concerto de Strauss. Composto em 1945, a obra estreou em 26 de fevereiro de 1946 com a Tonhalle Orquester Zürich, sob a regência de Volkmar Andreae, com solo do oboísta Marcel Saillet.

Pode-se ouvir gratuita e integralmente o "Concerto para oboé e pequena orquestra, em ré maior" e toda a obra de Strauss no Rdio, fazendo login com email ou através da rede social Facebook. 

  • Jean Sibelius (1865-1957)

Johan Julius Christian Sibelius, conhecido como Jean Sibelius, foi um compositor finlandês, um dos mais populares do fim do século XIX e início do século XX. Ele exortou seu espírito nacionalista contra o poder do império czar russo, enalteceu na sua obras raízes e os valores nacionalistas do seu país diante das tentativas de influência e de opressão estrangeira. O seu Poema Sinfônico Finlândia foi escrito em 1899 quando os protestos do povo finlandês contra a autocracia russa atingiram o auge. Tornou-se o grito de batalha de um povo que lutava pela sua independência. Aos 35 anos já era famoso, mas, em 1926, interrompe bruscamente suas atividades de compositor para morar nas florestas ao norte de Helsinque e viveu isolado por mais de 30 anos. Em 1929, pulicou suas últimas obras e se fechou em silêncio quase definitivo. 





O Concerto de 28 de Maio - "Sinfonia Nº 1, em mi menor, Op. 39"

Último concerto apresentado na noite, a sinfonia de quatro movimentos foi composta em 1898 por Sibelius e apresentada no no seguinte, sob sua direção. Após a estreia, o compositor realizou diversas edições da obra que deram como resultado a versão final, interpretada hoje.

Pode-se ouvir gratuita e integralmente o "Sinfonia Nº 1, em mi menor, O. 39" e toda a obra de Sibelius no Rdio, fazendo login com email ou através da rede social Facebook. Neste vídeo é possível apreciar o quarto movimento do concerto performado pela OSP no dia 28 de Maio de 2015.





Referências:
  • Programa da OSP, fornecida dia 28 de Maio de 2015 pelo Teatro Guaíra.
  • http://www.teatroguaira.pr.gov.br/modules/espetaculos/espetaculos.php?auditorio=1&data=5/2014&dia=28#navegacao-auditorios
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Orquestra_Sinf%C3%B4nica_do_Paran%C3%A1






terça-feira, 2 de junho de 2015

Museu Alfredo Andersen

   O Museu Alfredo Andersen localiza-se na cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná, denominado como museu no ano de 1979, abriga obras e a história do pintor norueguês Alfred Emil Andersen.  


O Artista



Alfred Emil Andersen nasceu no ano de 1860 na Noruega. Sua formação ocorreu em atelies particulares na Noruega e Dinamarca, e também na Academia Real de Belas Artes de Copenhagen. Entre os anos de 1880 e 1890 Andersen se tornou um artista profissional, realizando atividades como pintor, professor, cenógrafo e jornalista. No ano de 1892 Alfredo Andersen desembarcou no Paraná se fixando na cidade de Paranaguá, tempos depois acabou se mudando para a cidade de Curitiba onde abriu um atelier.  
Andersen sempre buscou realizar sua atividades de acordo com o que fazia na Europa, realizava  exposições individuais de seu trabalho, incentivava o desenvolvimento do mercado das obras de arte e também era professor de desenho e pintura. Com o passar dos anos a carreira profissional de Andersen foi se consolidando, seus trabalhos como pintor, educador e  agente cultural eram extremamente ricos. 
No ano de 1927, Andersen retorna a Noruega para visitar sua família e amigos, acaba recebendo um convite para ficar e dirigir a Escola de Belas Artes de Oslo, mas acaba voltando pra o Brasil. 
O últimos anos da carreira e vida de Andersen são marcados por reconhecimentos e homenagens, no ano de 1931 Andersen recebeu o título de Cidadão Honorário de Curitiba, da Câmara Municipal de Curitiba. Alfred Emil Andersen, já chamado de Alfredo Andersen faleceu 9 de agosto de 1935 em Curitiba. 
Quanto a produção artística de Andersen pode - se dizer que ela é dividida em três fases: período norueguês (1873-1892), período litorâneo (1892-1902) e período curitibano (1902-1935).
No período norueguês suas criação são marcadas pela representação da vida urbana e rural, já o período litorâneo é marcado por cenas marinhas, por retratos de encomenda e por cenas de gênero onde se nota a aproximação do artista com o tema, e por fim no período curitibano o estilo de Andersen se mostra mais maduro, sua família e seus amigos aparecem com mais freqüência como modelos na representação de cenas de gênero, a pincelada se torna mais solta, e Andersen parece mais interessado na representação da luz do que do tema.
De um modo em geral sua produção artística se caracteriza por pinturas de retrato, paisagem e cenas de gênero. 

O Museu


Antes da instituição ser denominada como Museu Alfredo Andersen no ano de 1979, a edificação foi a moradia e o local de trabalho de Alfredo Andersen como pintor e educador. A origem da transformação deste local veio através da vontade de uma Sociedade de Amigos em transformar a edificação em uma Unidade Museológica que preserva-se suas obras e suas ideias. 
Em 1947 a partir desta ideia o local é desapropriado e passa a ser utilizado para a preservação da memória de Alfredo Andersen. No ano de 1959 a proposta foi concretizada e o local passa a funcionar como Casa de Alfredo Andersen - Escola e Museu de Arte. Em 1971 foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná.  Entre os anos de 1988 e 1989 o local foi totalmente restaurado e ganhou o aspecto que se tem até hoje e foi somente no ano de 1979 que a instituição passa a ser chamada de Museu Alfredo Andersen. 
Quanto ao espaço físico do museu ele atualmente se divide em espaço sede, no qual comporta salas de exposição com obras de Alfredo Andersen, sendo que em uma delas estão expostos objetos de seu próprio atelier, já  no  térreo da sede  o espaço é destinado mostras temporárias de artistas contemporâneos. O segundo espaço criado entre os anos de 1988 e 1989, contém os setores administrativos do Museu, a reserva técnica, a Coordenadoria do Acervo e Documentação, auditório e ateliês, onde são realizadas atividades educativas.  E por fim uma edificação que é a mais recente de todas, criada em 2006, está se localiza na Rua Mateus Leme no número 56, abriga várias atividades educativas e administrativas desenvolvidas pelo Centro Juvenil de Artes Plásticas. 
O museu tem caráter biográfico, abriga por volta de 400 peças classificadas como objetos artísticos ou históricos. Grande parte do acervo contém obras, objetos e estudos de Alfredo Andersen, mas, também abriga obras dos discípulos Andersen, e também gravuras e cerâmicas de artistas brasileiros que foram criadas na metade do século XX.
Abaixo algumas obras que fazem parte do acervo do Museu Alfredo Andersen:










        No dia 29 de maio de 2015 o membros do Pibid tiveram o prazer de visitar e conhecer um pouco mais sobre a história de Alfredo Andersen, considerado o  Pai da Pintura Paranaense.
  


Abaixo segue o site do Museu Alfredo Andersen, onde pode - se encontrar mais informações:
Link: http://www.maa.pr.gov.br/


Sites consultados
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8641/alfredo-andersen
 http://www.maa.pr.gov.br/