Uma das tarefas paralelas desenvolvidas pelo Pibid/Música este ano, é a leitura e análise do livro didático"Arte em Interação" para o ensino médio. Nossas primeiras discussões foram feitas a partir da leitura dos capítulos 01, 02 e 03 e compartilhamos aqui alguns dos tópicos discutidos e analisados.
Em geral percebemos que o livro organiza bem os conteúdos; trabalhando com questões e assuntos avançados, geralmente só vistos na graduação, e também aborda de forma significativa o desenvolvimento da arte no Brasil, valorizando assim, nossa cultura. A própria organização dos conteúdos favorece a hibridização das linguagens, assunto tão frisado em nossos encontros para os planejamentos de aula, bem como por todos os professores em nossa graduação. Destacamos também a intenção dos autores de criar certa linearidade histórica para melhor entendimento do aluno. Neste quesito de gerar melhor compreensão dos assuntos, o acervo de imagens, notas explicativas, textos complementares e sugestões de pesquisa de artistas, contribui para que o estudante absorva conteúdo e faça as associações com o momento histórico que se está abordando.
Entretanto, apesar de todos esses aspectos positivos, também observamos alguns aspectos negativos. O primeiro, foi a necessidade, em alguns momentos, de se separar as linguagens, abordando de forma mais profunda cada uma delas, para que então, o aluno compreendendo as características particulares, entenda de forma mais clara a hibridização destas. Em relação ao trabalho mais aprofundado das linguagens, observamos também, nestes primeiros capítulos, que a dança fica muito interligada com o teatro, parecendo mais como um suporte deste. Apesar do vasto conteúdo e informações gerais, as atividades sugeridas pelo livro ainda deixam a desejar, no sentido de melhor apreensão de conteúdo para os alunos. Por fim o último aspecto negativo que destacamos, é na verdade, uma pergunta que foi gerada nesta análise: diante de tantos conteúdos abordados em cada capítulo, como trabalhar todos eles e, ainda assim, produzir uma aula dinâmica e interessante ao estudante, que não se prenda apenas na leitura do livro?
Dessa última pergunta, acabamos concluindo que, em muitos momentos, o livro parece mais destinado ao professor do que ao aluno; já que devido a quantidade de conteúdos, cabe ao docente o desafio de selecionar a forma e também os destaques, bem como as experiencias a ser vivenciadas, levando sempre em conta, as características particulares de cada sala.
A discussão e análise ainda está em andamento e sabemos que ela acrescenta em muito para a compreensão do trabalho da docência em artes, já que, o lecionar em nossa área é marcado pela subjetividade e liberdade, próprios da Arte, mas trazem consigo também a responsabilidade de sensibilizar, preparar e transformar os nossos alunos em cidadãos - agentes transformadores do meio em que estão inseridos.
Se você, professor, já trabalhou, ou trabalha com este livro, compartilhe suas experiências nos comentários abaixo.
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