domingo, 13 de março de 2011

Musicalizando a escola: música, conhecimento e educação

Oi pessoal,

No livro que lemos, o autor nos apresenta a música como uma linguagem capaz de se articular ao mesmo tempo as dimensões perceptiva e conceitual do conhecimento, a importância de ser trabalhada na escola é grande, já que atualmente o ensino se mostra concentrado apenas em torno do conhecimento de natureza conceitual.
Assim como na matemática onde o conhecimento geométrico foi analisado a partir das dimensões: percepção, concepção, representação, e contrução.
Como promover a articulação dessas dimensões na aula de arte?
Como esse conhecimento tem se apresentado no planejamentos das nossas oficinas?
Qual é sua importância para nós professores?

Beijos Rááh =**


9 comentários:

  1. Mesmo o ensino de música sendo recomendado pelos parâmetros curriculares, e, no caso do Paraná pelas suas diretrizes curriculares muitas escolas não possuem a música inclusa em suas grades. Ainda quando a música está presente na escola, geralmente é em projetos musicas durante alguma etapa da formação, principalmente na educação infantil como casos isolados. No ensino médio a situação é ainda mais precária.
    Há vários fatores históricos e sócio-culturais que influenciaram para essas carência, um deles é a falta de profissionais formados e a resistência das escolas em inserir a música em seus programas. Para que essa situação seja revertida é necessário demonstrarmos a importância da música enquanto conhecimento, onde o ensino de música não deve buscar o virtuosismo e sim um aumento da percepção por parte dos/as alunos/as. O autor escreve que precisamos formar pessoas capazes de realizar seus projetos a partir de múltiplas linguagens. O que concordo plenamente, pois arte é vida, e ocorre se valendo de tudo que há a nossa volta, sendo sonoro, visual corporal ou além do que é imaginado e percebido.
    E por falar no percebido o Autor relada a importância da percepção, e escreve ainda sobre o desejo de que o conhecimento se baseie no equilíbrio entre a dimensão perceptiva e a construção no nível dos conceitos.
    “o sentido maior de qualquer aprendizagem deveria estar na articulação entre as atividades de natureza perceptiva e os momentos de elaboração conceitual”. Com seu projeto Granja pretende mostrar que na música essas duas dimensões devem se articular continuamente.
    Quanto à escola ter que proporcionar o desenvolvimento e o aprimoramento da escuta atenta e significativa, muitos de nós já verificou a importância dessas práticas dentro e fora da escola, em nossas observações e em nossa própria construção de percepção sonora. Em projetos nas escolas onde trabalhei pude constatar a importância dessa escuta para a percepção e o conhecimento musical dos alunos, voltando na idéia das provocações sobre o que é música, que sons podem fazer parte de uma música, quem pode ser considerado músico ou compositor. Quando o autor coloca que a música só é música para quem ouve como tal, me voltei novamente para sons do cotidiano, ouvir música nas folhas ao vento, na goteira, nos passos de sapateado, em fim pensar em música ao perceber os ritmos naturais do meio.
    Projetos podem sempre servir de referência como é a idéia de Granja, desde que sejam para se pensar em outras dinâmicas de construção de conhecimento como ele cita, onde a percepção e o corpo sejam efetivamente reconhecidos. Pois sabemos que receitas prontas não existem, pois não trabalhamos com pessoas formatadas, embora muitos de nós tenhamos passado por processos educacionais tradicionais aprendemos de formas diferentes e temos vivências variadas, que nos permite demonstrar nossa subjetividade, que é única, ninguém no mundo é igual, nem mesmo os gêmeos idêntico, por isso devemos respeitar os limites e as vivências de cada pessoas envolvida no processo ensino/aprendizado.
    Levando tudo isso em consideração, voltando-se para nossa oficina, acredito que estamos respeitando as individualidades, e pensando em praticas perceptivas sem abandonar a importância dos conhecimentos conceituais, buscando a harmonia entre as dimensões perceptiva e conceitual que Granja acredita ser necessária no ensino. E mesmo nos embasando em técnicas e práticas de alguns profissionais e estudiosos do ensino de arte nós planejamos a oficina pensando na realidade dos colégios, e no perfil dos alunos, por meio dos dados coletados na elaboração do perfil e do questionário aplicado pelo PIBID-ARTE.

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  2. legal o livro traz bastante discussões interessantes algumas bem "conhecidas" por nós e outras nem tanto assim um tema bastante comentado, sobre o ensino de música e a a questão da elite, na formação dos musicos talentosos, onde muitas vezes quando falamos em música na escola, ainda vem a cabeça de muitas pessoas que vamos formar músicos "profissionais"que seria praticamente impossivel com o tempo destinado as aulas que temos
    o texto todo é muito interessante eu marquei o quase q todo ele. A nara ministrou uma aula como um complemento desse conteudo falando sobre arte sobre a linguagem e alguns pensamentos de algumas escolas como o caso da escola nova teorias classicas neoclassicas romantica realista psicologicas entre outras abordagens e da questao do talento, da sensibilidade da percepção entre outros temas abordados pelo autor

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  3. PRA DESCONTRAIR
    galera tava me analizando aqui nas inteligências múltiplas olha só *lógico-matemática(acho que nao muito)*línguística (pouca habilidade com as palavras e com a língua corrente percebe-se)*corporal-cinestésica(essa eu gostei :))*espacial(tirando as portas de vidro acho que pode ser rsrs)*musical (não muito)*interpessoal(acho que ai eu me encaixo rsrs)*intrapessoal(to melhorando nesse aspecto)

    e vc????? tambem gostaria de saber

    lu (nem precisava me identificar pois a parte da porta de vidro vcs ja saberiam neh? rsrs)

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  4. É Kelly a acredito que através da nossa pesquisa nos colégios pudemos entender melhor quais são os anseios dos alunos, da escola, e o que o professor de arte pode fazer. E pensando na integração dos conhecimentos, as nossas oficinas tem esse caráter de integração dos diferentes conhecimentos, cada grupo desenvolveu a oficina de música relacionada a uma outra área.E isso é muito importante, podemos ver isso quando Granja fala que as pessoas possuem diferentes configurações e potenciais cognitivos, (são os que a Luu colocou acima) os quais nem sempre são valorizados pela escola. Porem eles estão presentes e precisam serem trabalhados. Ele também fala que cada pessoa possui uma configuração podendo se destacar em uma ou mais, mas que as inteligências não atuam isoladamente.
    O que a Lu comentou é interessante também, pq os alunos ao optar por uma oficina, podem gosta apenas de jogos teatrais por exemplo, mas poderão ver que o ensino da musica não visa a valorização do talento.

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  5. Concordo com o livro quando o autor nos mostra em seus exemplos uma relação entre a música e as outras áreas de ensino. Acredito que teremos sucesso nas oficinas já que todas tem como objetivo realizar essas ligações. Gostei muito da oficina que os barbatuques realizaram com alunos surdos. Pena que não há a possibilidade de trazê-los para o Simpósio, uma oficina com eles seria algo MARAVILHOSO *_*

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  6. Sou professor da Educação Báscia no estado de MG há 8 anos e sempre me deparei com dificuldades para lecionar no conteúde de minha formação: Música.
    Sei das diretrizes do pcn, referencial para o ensino médio- Arte e a proposta pegadógica de MG: nenhum deles reforça a polivalência na atuação do professor de Arte.



    Perguntas:

    - Sou obrigado a ser professor polivalente se a supervisão escola exigir?
    - Posso ser demitido se insistir em dar aulas de música, apesar de estar amparado até mesmo pela proposta pedagógica de MG?

    Obrigado a todos.


    --
    galera o email q falei pra vcs bj lu

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  7. Acredito que a kelly já esplanou muito bem a respeito do livro. O autor foi muito feliz na forma que utilizou de divisão do livro bem como sua escrito, para mim foi uma leitura fácil prazerosa e cheia de conhecimentos que recomendo a todos os professores de Arte. Gostei muito das inteligências múltiplas e de perceber a sensibilidade que Granja possui mesmo sua formação sendo em uma matéria exata como matémática e como ele mesmo integra a música e a matemática de forma harmônica. Isso demonstra que é possível a integração não só dos assuntos artísticos mas de todos os conhecimentos gerais,e que nada é por si só mas existe uma cadeia de relacionamentos por trás.

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  8. O livro já foi percorrido nas palavras da Kelly. Reconhecemos a importância e as possibilidades do ensino de música na escola, entendo que este será efetivado pelas nossas ações e valorizado a partir do momento em que o nosso trabalho se efetive nas escolas. Porém isso demanda um certo tempo, pois como é possivel verificar ao longo da história do ensino de Arte no Brasil, os focos e olhares sobre este ensino foram se modificando até o que temos hoje (Arte/linguagens artísticas). O trabalho e o desafio são nossos!!!
    Reforçando o que a Gracy falou a respeito de que nada existe isoladamente, mas é possivel verificar as relações existentes entre todas as coisas, vou deixar aqui uma frase de Fernando Pessoa onde expressa a necessidade da arte e então podemos pensar nas suas interrelações: "A necessidade da arte é a prova que a vida não basta".

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  9. Acreditoo que esse olhar foi sendo modificado de acordo com as necessidades de cada tempo, é justamente pq o ser humano necessita de estabelecer relações é que hoje como professores temos que aprender a fazer essas relações no ensino, em todas as áreas isso é importante.Fico pensando que muitas vezes não valorizamos o nosso curso, mas cheguei a nossa atuação em sala vai ser muito rica.

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