Quem quer ser o Maestro?

DOS FIOS DE CABELO A PONTA DOS PÉS APRESENTA ...

Durante a oficina compartilhamos de práticas onde pudemos orquestrar.

Hoje nos tornamos instrumentos musicais. Como assim?

Uma oficina onde somos piano, violão, bateria, compositores e maestros. Como assim?

Assim ...

Hoje exploramos performances musicais de alguns instrumentos, como violão, pandeiro, bateria, "Fuzileiro", e outros. A aula começou com a performance do Aluno Vinicius ao piano (piano imaginário), tocando Cai Cai Balão... seguido de Parabéns para você.. O piano só os inteligentes puderam ver, e as canções só os inteligentes puderam ouvir. Felizmente todos os presentes na oficina apreciaram muito estas performances musicais.

Durante a oficina contemplamos ainda o som e movimento do Violão Ruliane, da bateria Bryan, do “Fuzileiro Vinicius”, do Chocalho Kelly e Triangulo Gracy. Resolvemos explorar os sons de outro modo, em vez de tocarmos os instrumentos nos colocamos no lugar deles, efetuando os sons e os movimentos que possivelmente fariam cada instrumento ao serem tocados.

Fizemos algumas composições instantâneas, onde cada instrumento (participante) tinha autonomia para saber as horas de “entrada” e “saída”, pausas, e variações das qualidades do seu próprio som. O resultado foi muito satisfatório

Jogos Musicais e Teatrais

Nessa oficina optamos por articular duas áreas do ensino da arte através de jogos. Assim os alunos poderão ficar mais a vontade para criar, experimentar. Contribuindo também para a exploração e ampliação de vivências sonoras e corporais.

Os jogos teatrais oferecem uma liberdade de criação. Se o ambiente permitir, pode-se aprender qualquer coisa, e se o indivíduo permitir, o ambiente lhe ensinará tudo o que ele tem para ensinar. (Spolin, 2005). Através deles o participalte é conduzido para si e para o outro, ao seu lugar em cena, na sociedade, para o espaço real e imaginário, refletindo também a respeito do seu papel na sociedade.

A música por sua vez está relacionada com o prazer obtido na atividade e que é também despertada através dos jogos, o jogo estimula a escuta que envolve interesse, motivação e atenção, a escuta envolve também a ação a tomada consciência daquilo que captou ouviu podendo então discriminar cada som, cada gesto, e por fim responder aos estímulos. Sendo assim a oficina proporcionara um grande campo para investigação, pessoal e profissional.

A base para a elaboração da oficina foi o livro "Koellreutter educador: o humano como objetivo da educação musical", de Teca Alencar de Brito. Koellreutter não considerava a educação musical apenas como uma forma de adquirir técnicas e procedimentos, ele valorizava a importância e o porque da música, e da arte na vida humana. Aqui a criação tem lugar importante e a improvisação é uma ferramenta fundamental.

Os jogos propostos não devem ser vistos como fórmulas fechadas a serem seguidas de olhos fechados, mas sim como ponto de partida para as praticas, proporcionando um fazer musical consciente, crítico, analítico, e criativo, adequando-os a sua realidade de trabalho as necessidades e interesses dos alunos e incorporando-os as demais atividades no processo de educação musical.