quinta-feira, 3 de julho de 2014

Livro 200 anos Guarapuava

Aos professores de Arte, que devem de acordo com as diretrizes curriculares, levar aos seus alunos conteúdos sobre a cultura local, trago aqui uma ótima fonte, o livro chamado “200 anos de uma caminhada histórica” de Gracita Gruber Marcondes. Serve não apenas aos professores de Arte, mas também a todos os interessados ao assunto, pois nele está registrada a história de Guarapuava desde 1810 até 2010. 


O conteúdo que convêm a nós professores de Arte, trata-se da cultura em geral. A seguir alguns capítulos que possam ser úteis:

Capítulo IV Lendas Indígenas:
Este capítulo resgata algumas lendas e histórias indígenas da região, tendo em seu conteúdo: massacres, resistências e lideres indígenas. Assunto que é muito útil para o entendimento de nossa história, registrada inclusive em determinada obra em nossa cidade, chamada “Monumento à Guairacá”, projeto desenhado pelo engenheiro Marcio Rohering.

Capítulo IX Escravidão Africana:
Com relação à escravidão em Guarapuava, podemos conhecer a sua origem mais detalhadamente: como acontecia o comercio de escravos, como eram suas vidas. Há também registros sobre a resistência e a abolição da escravatura. Tudo isso nos ajuda a contextualizar o que vivemos hoje, o livro também retrata: a contribuição cultural,  discriminação racial e alguns ícones relacionados ao assunto.

Capítulo XVII Cultura Popular:
A autora se tratando de cultura popular, nos presenteia falando da maneira folclórica de pensar do povo, citando pratos típicos, grupos de tradição, mitos, lendas, profecias e a importância disto para a região. O capítulo trata de alguns eventos em especifico, por exemplo, o Fandango em Guarapuava, a Tropeada, entre outros.

Capítulo XXVII Artesanato e artes plásticas:
Neste capítulo, que é muito breve, trata-se do artesanato e das artes plásticas, explanando rapidamente quais são as técnicas utilizadas na região de Guarapuava, por quem é elaborada e a sua importância.

Concluindo o livro '' 200 anos de Guarapuava'' nos traz muitas informações relevantes ao arte-educador, afinal é essencial aos nossos alunos e também a todos nós, sabermos de onde viemos. Este livro esta disponível para empréstimo na Biblioteca da Unicentro - Campus Santa Cruz.
ESPERO QUE SEJA ÚTIL!!
Beijos, Bruna (:

3 comentários:

  1. A respeito do capitulo que fala sobre a escravidão em Guarapuava, uma crítica que fiz sobre o imaginário africano na sala de aula e na sociedade brasileira. É mais fácil e cômodo levar o imaginário africano como senso comum, do que a real pesquisa sobre o que é a África, ignorar ou deixar de lado o senso critico sobre o que a mídia coloca deixa-nos tão desprotegidos e a mercê de informações equivocadas. O imaginário africano no Brasil ocorre principalmente dentro das próprias escolas, lugar este que é responsável pelo conhecimento e humanização das pessoas, isso é tão preocupante que até mesmo educadores negligenciam o fato de que no Brasil, ainda existe muita hipocrisia. É só dar uma boa olhada nos livros didáticos que a Rede Estadual de Ensino do Paraná especificamente, coloca a disposição dos professores, é difícil encontrar alguma informação a mais sobre a África, o que acaba acontecendo é que a África é lembrada quando estudamos História do Brasil, e a vinda dos escravos de lá, e quase nenhum livro ressalta que os negros foram arrancados a força de seu continente, muitos sendo reis e rainhas, pessoas nobres de sua região. Sem contar que vivemos em um estado Laico de APARÊNCIA, e uma DITADURA RELIGIOSA em prática, tanto é verdade que em muitas escolas ainda existe o hábito de fazer a oração do “Pai Nosso” com os alunos, e usam da justificativa que se trata de uma oração Universal, convenhamos que se algum professor ou aluno quiser se manifestar e fazer algum ritual que não pertença a esta determinada religião, será tratada como demonizarão, isto porque, é mais fácil demonizar as coisas, sendo a maioria HOMENS-BRANCOS-HETEROS-CATOLICOS. O complexo das ideologias é que elas são individuais e hierárquicas, a ideologia capitalista em vigor prega moldes que convém ao seu bem entender, favorece então aos mais favorecidos, no caso HOMENS->BRANCOS->HETEROS->CATOLICOS, este bombardeio de categorias privilegiadas acaba tendo seus pontos negativos. Um destes pontos negativos seria o Genocídio que ocorre com os jovens negros no Brasil, este que é mascarado pela mídia, bem como o abuso sexual de mulheres, em sua maioria negras, são estatísticas que não convêm uma sociedade branca heteronormativa. Sem contar na questão de padrões estéticos, a estética negra nunca será bem vista aos olhos da moda, os traços negróides nunca é aproveitados em novelas e comerciais, o branco sempre é o que é bem visto. Mas o que importa e mais preocupa é o fato, do imaginário africano ainda ser construído de uma maneira tão equivocada, por uma sociedade que aproveita da ideologia dominante.

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  2. A respeito do livro, não tive a oportunidade de ler, mas fico com o questionamento, se no caso do negro ou do índio o autor relata as suas contribuições para a formação do povo guarapuavano? Digo não apenas em nomes e monumentos, mas culturalmente falando, que práticas nós guarapuavanos utilizamos e que vieram de herança desses povos? ou será que ainda pensamos que não possuímos miscigenação e continuamos com o pensamento eurocêntrico?

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  3. Em nossas pesquisa atrás de material teórico para se trabalhar Cultura Regional (Guarapuava) descobrimos que existem vários livros que contam detalhadamente a historia da cidade. Professores de varias matérias podem trabalhar com esse livro :] Ótima postagem e dica de material.

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