quinta-feira, 20 de outubro de 2016

PIBID - Arte no XII Simpósio de Arte - Educação


Entre os dias 3 e 7 de outubro de 2016, aconteceu na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) o XII Simpósio de Arte-Educação. Este evento é promovido pelos professores e alunos do departamento de Arte/Deart da UNICENTRO. Sua temática se voltou para a "Criatividade e Ludicidade", tendo em vista a importância  do lúdico tanto na relação entre arte e ensino, como também na própria produção em arte. Seu objetivo foi o de possibilitar aos participantes um intenso contato com o conhecimento científico na área da arte, bem como a vivência em processos criativos e experimentações práticas na área.  O evento conta com palestras, relatos de experiências, comunicações científicas e mostra artística. 
O evento ainda oferece diversas oficinas, nas diferentes linguagens da arte e do ensino, entre elas estava a oficina intitulada " Ensino de música para pessoas com deficiências" que abordou questões das diversas deficiências dentro da sala de aula de música, discutindo através de atividades práticas soluções sobre como trabalhar com a deficiência visual, física, auditiva e intelectual. Tendo como ministrante Shirlei Escobar Tudissaki, Doutoranda e Mestra em Música-Educação Musical, pelo programa de Pós-graduação em Música da UNESP. Possui especialização em Educação Especial - Deficiência Visual  pela UNIRIO e Bacharelado em Instrumento - Piano pela USC. Atualmente Shirlei é coordenadora e professora do setor de educação musical do conservatório dramático e musical Dr. Carlos Campos, de Tatuí. Também é autora do livro Ensino de Música para pessoas com deficiência visual. 
Durante a oficina foram realizadas diversas práticas sobre como trabalhar música com pessoas com deficiência, a ministrante dividiu estas práticas de acordo com cada deficiência, abaixo citamos alguns exemplos das práticas realizadas: 

Para deficientes intelectuais:
*Apresentação: Cada aluno deve pronunciar seu nome e executar um movimento qualquer. Em seguida, todos repetem.

*Aquecimento corporal simples com músicas conhecidas e animadas, para os alunos se sentirem à vontade.

*Brincadeira da “Flecha”: Alunos em círculo, devem fazer um movimento com as mãos para arremessar uma flecha imaginária a algum colega, que, da mesma maneira, deve prosseguir com o jogo.

*Jogo da estátua: Ao ritmo da música, os alunos caminham pela sala e quando a música para, o regente deve dar alguma orientação, por exemplo, colocar as mãos no nariz. Isso se repete até a música acabar mudando as orientações. 

Para deficientes visuais:
* Pedir para que alguns alunos produzam algum som (com instrumentos ou não) e outros identifiquem qual é o som e em qual lugar do espaço ele se encontra.
* Cada aluno escolhe um instrumento ou algum objeto sonoro e seleciona um som, após são escolhidos um som que ira dar início a composição e outro som que faz com que a composição sonora pare. Todos os alunos tocam o som selecionado ao mesmo tempo e quando um dos comandos de sons é tocado o aluno deve reagir ao que pedido, ou seja, iniciar ou parar.

Para deficientes auditivos:
*Proporcionar atividades em que os alunos sintam a vibração que o som possibilita.

Para deficientes físicos:
*Adaptar o jogo da flecha de acordo com a especificidade de cada aluno.
*Oportunizar a experimentação com instrumentos convencionais e, se preciso, adaptá-los para cada tipo específico de deficiência física.
Obs.: Segundo a ministrante da oficina, é preferível que as atividades sejam executadas em espaços amplos e com piso amadeirado. 

Foi possível observar que as práticas realizadas são de extrema importância para o desenvolvimento da linguagem musical, estas funcionam como um estímulo para o educando, são práticas que acreditamos ser possíveis de se realizar de acordo com a deficiência com que se esta trabalhando.  
 Apesar da oficina se voltar para a educação especial percebemos que muitas das práticas realizadas, podem ser aplicadas na educação comum, pois são trabalhadas questões musicais de forma que a criança/educando aprenda e vivencie determinado conceito ou conteúdo. O que nos chamou a atenção foram também os materiais utilizados pela ministrante, são materiais simples, de baixo custo e que podem ser facilmente construídos pelos educadores.
A participação nesta oficina nos proporcionou um maior conhecimento na área da educação especial, sendo possível estabelecer relações entre o ensino de música e as diferentes deficiências existentes.


Abaixo seguem algumas fotos da oficina: 














Agradecemos a Shirlei Escobar por nos ter proporcionado um momento tão gratificante  e especial como este!

Postagem por: Danieli Miranda e Fernanda Bráz 

Um comentário:

  1. Olá pessoal!
    Agradeço todo o carinho e atenção ao trabalho que desenvolvemos nesta oficina!
    Parabéns pelo trabalho!
    Abraços e ótimo final de semana,
    Shirlei Escobar Tudissaki.

    ResponderExcluir