Entre os
dias 3 e 7 de outubro de 2016, aconteceu na Universidade Estadual do
Centro-Oeste (UNICENTRO) o XII Simpósio de Arte-Educação. Este evento é
promovido pelos professores e alunos do departamento de Arte/Deart da
UNICENTRO. Sua temática se voltou para a "Criatividade e Ludicidade",
tendo em vista a importância do lúdico tanto na relação entre arte e
ensino, como também na própria produção em arte. Seu objetivo foi o de
possibilitar aos participantes um intenso contato com o conhecimento científico
na área da arte, bem como a vivência em processos criativos e experimentações
práticas na área. O evento conta com palestras, relatos de experiências,
comunicações científicas e mostra artística.
O evento
ainda oferece diversas oficinas, nas diferentes linguagens da arte e do ensino,
entre elas estava a oficina intitulada " Ensino de música para
pessoas com deficiências" que abordou questões das diversas deficiências
dentro da sala de aula de música, discutindo através de atividades práticas
soluções sobre como trabalhar com a deficiência visual, física, auditiva e
intelectual. Tendo como ministrante Shirlei Escobar Tudissaki, Doutoranda e
Mestra em Música-Educação Musical, pelo programa de Pós-graduação em Música da
UNESP. Possui especialização em Educação Especial - Deficiência Visual
pela UNIRIO e Bacharelado em Instrumento - Piano pela USC. Atualmente Shirlei é
coordenadora e professora do setor de educação musical do conservatório
dramático e musical Dr. Carlos Campos, de Tatuí. Também é autora do livro
Ensino de Música para pessoas com deficiência visual.
Durante a
oficina foram realizadas diversas práticas sobre como trabalhar música com
pessoas com deficiência, a ministrante dividiu estas práticas de acordo com
cada deficiência, abaixo citamos alguns exemplos das práticas realizadas:
Para
deficientes intelectuais:
*Apresentação:
Cada aluno deve pronunciar seu nome e executar um movimento qualquer. Em
seguida, todos repetem.
*Aquecimento
corporal simples com músicas conhecidas e animadas, para os alunos se sentirem
à vontade.
*Brincadeira
da “Flecha”: Alunos em círculo, devem fazer um movimento com as mãos para
arremessar uma flecha imaginária a algum colega, que, da mesma maneira, deve
prosseguir com o jogo.
*Jogo
da estátua: Ao ritmo da música, os alunos caminham pela sala e quando a música
para, o regente deve dar alguma orientação, por exemplo, colocar as mãos no
nariz. Isso se repete até a música acabar mudando as orientações.
Para
deficientes visuais:
* Pedir
para que alguns alunos produzam algum som (com instrumentos ou não) e outros
identifiquem qual é o som e em qual lugar do espaço ele se encontra.
* Cada
aluno escolhe um instrumento ou algum objeto sonoro e seleciona um som, após
são escolhidos um som que ira dar início a composição e outro som que faz com
que a composição sonora pare. Todos os alunos tocam o som selecionado ao mesmo
tempo e quando um dos comandos de sons é tocado o aluno deve reagir ao que
pedido, ou seja, iniciar ou parar.
Para
deficientes auditivos:
*Proporcionar
atividades em que os alunos sintam a vibração que o som possibilita.
Para
deficientes físicos:
*Adaptar
o jogo da flecha de acordo com a especificidade de cada aluno.
*Oportunizar
a experimentação com instrumentos convencionais e, se preciso, adaptá-los para
cada tipo específico de deficiência física.
Obs.:
Segundo a ministrante da oficina, é preferível que as atividades sejam
executadas em espaços amplos e com piso amadeirado.
Foi
possível observar que as práticas realizadas são de extrema importância para o
desenvolvimento da linguagem musical, estas funcionam como um estímulo para o
educando, são práticas que acreditamos ser possíveis de se realizar de acordo
com a deficiência com que se esta trabalhando.
Apesar
da oficina se voltar para a educação especial percebemos que muitas das
práticas realizadas, podem ser aplicadas na educação comum, pois são
trabalhadas questões musicais de forma que a criança/educando aprenda e
vivencie determinado conceito ou conteúdo. O que nos chamou a atenção foram
também os materiais utilizados pela ministrante, são materiais simples, de
baixo custo e que podem ser facilmente construídos pelos educadores.
A
participação nesta oficina nos proporcionou um maior conhecimento na área da
educação especial, sendo possível estabelecer relações entre o ensino de
música e as diferentes deficiências existentes.
Abaixo
seguem algumas fotos da oficina:
Agradecemos
a Shirlei Escobar por nos ter proporcionado um momento tão gratificante e
especial como este!
Postagem por: Danieli Miranda e Fernanda Bráz
Postagem por: Danieli Miranda e Fernanda Bráz
Olá pessoal!
ResponderExcluirAgradeço todo o carinho e atenção ao trabalho que desenvolvemos nesta oficina!
Parabéns pelo trabalho!
Abraços e ótimo final de semana,
Shirlei Escobar Tudissaki.