quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Simpósio Arte-Educação - Oficina "Que drama?" com Márcia Novakoski

Nos dias 3 e 4 de outubro de 2016 o XII Simpósio de Arte-Educação da UNICENTRO foi presenteado com uma oficina muito especial: "Que drama?", ministrada por Márcia Novakoski.

A oficina começou segunda feira pela manhã, com a apresentação dos participantes e com a pergunta: "qual é o seu drama?". Os participantes responderam e trocaram vivências, ajudando na desenvoltura do projeto. Márcia, então, explicou um pouco mais sobre sua visão de "drama" e como tinha grandes expectativas para os próximos momentos que se seguiriam. "O teatro precisa surpreender os participantes", dizia Márcia, que acredita nesta linguagem como eixo para outras disciplinas.

Mas, afinal, o que é um drama?

Drama é uma atividade em grupo na qual os participantes se comportam como personagens , acompanhando um roteiro pré estabelecido. O roteiro serve como pano de fundo para o processo dramático. O drama não tem público, como o  teatro. 
As palavras chave para o drama são: improviso, tensão, medo e escolha!

A programação

Foram 12 horas de drama, 4 na segunda-feira (dia 03/10) e 8 na terça-feira (dia 04/10). 
Na segunda-feira, depois da apresentação inicial, foi dado o início ao primeiro drama!
Tratava-se de um drama que funcionaria em três episódios no contexto da Revolução Industrial. As participantes eram funcionárias de uma fábrica, exploradas brutalmente em vários sentidos. Seu chefe (outro participante) fazia com que as empregadas trabalhassem 16 horas por dia em péssimas condições. Ao chegar de uma nova funcionária que propôs greve, o rumo do drama mudou, e, nos próximos episódios, os participantes deveriam tomar decisões que colocavam em risco o futuro do drama.




O próximo drama se passou na Idade Média, e os participantes se tornaram camponeses que possuíam uma caixa antiga com profecias que os próprios participantes escreveram. Este drama também contou com três episódios e muitas surpresas!

Na terça-feira (dia 04/10), Márcia contou um pouco mais de suas vivências e transmitiu alguns conceitos sobre drama, teatro e roteiro. Sua experiência com dramas, a forma que elabora os roteiros e lidera os grupos inspiraram os participantes a produzirem seus próprios dramas. Na parte da tarde, os grupos aplicaram dramas diferentes para o outro grupo (os participantes foram divididos em dois grupos). Sem dúvida, uma experiência muito relevante e intensa vivida por todos!








quinta-feira, 20 de outubro de 2016

PIBID - Arte no XII Simpósio de Arte - Educação


Entre os dias 3 e 7 de outubro de 2016, aconteceu na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) o XII Simpósio de Arte-Educação. Este evento é promovido pelos professores e alunos do departamento de Arte/Deart da UNICENTRO. Sua temática se voltou para a "Criatividade e Ludicidade", tendo em vista a importância  do lúdico tanto na relação entre arte e ensino, como também na própria produção em arte. Seu objetivo foi o de possibilitar aos participantes um intenso contato com o conhecimento científico na área da arte, bem como a vivência em processos criativos e experimentações práticas na área.  O evento conta com palestras, relatos de experiências, comunicações científicas e mostra artística. 
O evento ainda oferece diversas oficinas, nas diferentes linguagens da arte e do ensino, entre elas estava a oficina intitulada " Ensino de música para pessoas com deficiências" que abordou questões das diversas deficiências dentro da sala de aula de música, discutindo através de atividades práticas soluções sobre como trabalhar com a deficiência visual, física, auditiva e intelectual. Tendo como ministrante Shirlei Escobar Tudissaki, Doutoranda e Mestra em Música-Educação Musical, pelo programa de Pós-graduação em Música da UNESP. Possui especialização em Educação Especial - Deficiência Visual  pela UNIRIO e Bacharelado em Instrumento - Piano pela USC. Atualmente Shirlei é coordenadora e professora do setor de educação musical do conservatório dramático e musical Dr. Carlos Campos, de Tatuí. Também é autora do livro Ensino de Música para pessoas com deficiência visual. 
Durante a oficina foram realizadas diversas práticas sobre como trabalhar música com pessoas com deficiência, a ministrante dividiu estas práticas de acordo com cada deficiência, abaixo citamos alguns exemplos das práticas realizadas: 

Para deficientes intelectuais:
*Apresentação: Cada aluno deve pronunciar seu nome e executar um movimento qualquer. Em seguida, todos repetem.

*Aquecimento corporal simples com músicas conhecidas e animadas, para os alunos se sentirem à vontade.

*Brincadeira da “Flecha”: Alunos em círculo, devem fazer um movimento com as mãos para arremessar uma flecha imaginária a algum colega, que, da mesma maneira, deve prosseguir com o jogo.

*Jogo da estátua: Ao ritmo da música, os alunos caminham pela sala e quando a música para, o regente deve dar alguma orientação, por exemplo, colocar as mãos no nariz. Isso se repete até a música acabar mudando as orientações. 

Para deficientes visuais:
* Pedir para que alguns alunos produzam algum som (com instrumentos ou não) e outros identifiquem qual é o som e em qual lugar do espaço ele se encontra.
* Cada aluno escolhe um instrumento ou algum objeto sonoro e seleciona um som, após são escolhidos um som que ira dar início a composição e outro som que faz com que a composição sonora pare. Todos os alunos tocam o som selecionado ao mesmo tempo e quando um dos comandos de sons é tocado o aluno deve reagir ao que pedido, ou seja, iniciar ou parar.

Para deficientes auditivos:
*Proporcionar atividades em que os alunos sintam a vibração que o som possibilita.

Para deficientes físicos:
*Adaptar o jogo da flecha de acordo com a especificidade de cada aluno.
*Oportunizar a experimentação com instrumentos convencionais e, se preciso, adaptá-los para cada tipo específico de deficiência física.
Obs.: Segundo a ministrante da oficina, é preferível que as atividades sejam executadas em espaços amplos e com piso amadeirado. 

Foi possível observar que as práticas realizadas são de extrema importância para o desenvolvimento da linguagem musical, estas funcionam como um estímulo para o educando, são práticas que acreditamos ser possíveis de se realizar de acordo com a deficiência com que se esta trabalhando.  
 Apesar da oficina se voltar para a educação especial percebemos que muitas das práticas realizadas, podem ser aplicadas na educação comum, pois são trabalhadas questões musicais de forma que a criança/educando aprenda e vivencie determinado conceito ou conteúdo. O que nos chamou a atenção foram também os materiais utilizados pela ministrante, são materiais simples, de baixo custo e que podem ser facilmente construídos pelos educadores.
A participação nesta oficina nos proporcionou um maior conhecimento na área da educação especial, sendo possível estabelecer relações entre o ensino de música e as diferentes deficiências existentes.


Abaixo seguem algumas fotos da oficina: 














Agradecemos a Shirlei Escobar por nos ter proporcionado um momento tão gratificante  e especial como este!

Postagem por: Danieli Miranda e Fernanda Bráz 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

PIBID MUSICA/ARTE NO MASP

           Para finalizar nossa viagem na "terra da garoa", escolhemos fazer nosso último passeio apreciativo no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP). 


          A visita aconteceu no dia 11 de setembro de 2016. A visita foi muito importante para ampliar nosso repertório e ver de perto obras consagradas que antes só conhecíamos nos livros de Arte. Incentivamos a todos que não conhecem a visitarem o MASP e para os professores que já conhecem, estimulamos que levem também seus alunos para uma visita. 




terça-feira, 11 de outubro de 2016

Projeto Musica com Tudo em São Paulo

Nos dias 8, 9 e 10 de setembro, algumas bolsistas estiveram expondo trabalhos do PIBID Música na UNESP (Universidade Estadual de São Paulo) durante o evento VI Semana de Educação Musical - IA UNESP, com o tema "Práticas Criativas em Educação Musical como Fator de Desenvolvimento Humano".
O relato de experiência apresentado no evento foi o “Musica com Tudo”, aplicado em 2013. Esse projeto aborda novos métodos do ensino da musica nas escolas, trazendo não só a metodologia convencional, mas também aquelas que envolvem um apreciar e fazer mais amplo por parte dos alunos. O projeto mostra que é possível fazer e ensinar música com materiais alternativos, ampliando assim o conhecimento dos alunos acerca do tema.



Segue para conhecimento o pôster e o resumo apresentados no evento:


RESUMO EXPANDIDO:


EXPERIÊNCIAS COM O PIBID: FAZENDO MÚSICA COM TUDO

Gabriel Fonseca Rodrigues (PIBID-UNICENTRO)
Jienefer Daiane Marek (PIBID-UNICENTRO)
Daiane Solange Stoeberl da Cunha (UNICENTRO).

Palavras-chave: Educação musical, Práticas criativas, Murray Schafer

Introdução
O projeto de ensino que tem como título “Fazendo música com tudo” destinou-se aos alunos dos Colégios Estaduais Professora Leni Marlene Jacob e Bibiana Bitencourt, em Guarapuava/PR elaborado pelo subprojeto do Programa de Incentivo e Bolsa de iniciação à Docência – PIBID/ Música da Universidade Estadual do Centro-Oeste- Unicentro. Com o objetivo de inserir a música na escola e promover um ensino criativo na educação musical, desprovendo-se de métodos tecnicistas e tradicionais, o projeto aborda o ensino musical de diversas formas, mostrando que é possível criar música com instrumentos inusitados.

Metodologia
Os cinco módulos estruturados para o desenvolvimento do projeto proporciona aos alunos o estimulo a exploração dos sons, percepção e a criação musical, foi subdividido em: 1) Fazendo música com o corpo, onde o enfoque esteve na escuta dos sons produzidos corporalmente; 2) Fazendo música com instrumentos, este módulo possibilitou a experimentação de sonoridade convencional e não convencional do instrumental Orff/ Wuytack; 3) Fazendo música com o ambiente, proporcionou um momento de escuta atenta aos sons da paisagem sonora escolar, do trânsito e domiciliar; 4) Fazendo música com materiais alternativos os alunos foram estimulados a construir objetos sonoros com materiais recicláveis; 5) Fazendo música e artes visuais, teve como objetivo integrar as linguagens artísticas – sonora e visual – propostas de composição musical a partir de elementos visuais.

Desenvolvimento
A educação musical é essencial para formação do ser humano, contribuindo para a compreensão do mundo, para o desenvolvimento da comunicação, percepção sonora e multissensorial. Atualmente a sociedade pressupõe um novo tipo de ensino de arte, onde o ensino de música tradicional deixa de ser foco principal, para dar lugar ao ensino de música através de outros meios, que não unicamente instrumentos e partituras convencionais. Essa nova proposta de ensino musical traz a necessidade de novas metodologias que acompanhem essas mudanças impostas pela sociedade, suscitando que haja transformações no fazer artístico relacionado às modificações sociais, tecnológicas e econômicas.
Dessa maneira o projeto do Pibid “Fazendo Musica com Tudo”, aplicado no ano de 2013 nas escolas estaduais: Professora Leni Marlene Jacob e Bibiana Bitencourt da cidade de Guarapuava – PR procura atender as exigências metodológicas da educação musical no que se refere à música contemporânea dentro do ambiente escolar. Esse projeto pretendeu vislumbrar novas possibilidades de efetivação da educação musical escolar exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.
A música é um conhecimento onde a percepção exerce um papel central, e ela é extremamente fundamental ao ser humano. Sendo assim a inserção da música dentro do ambiente escolar contribui proporcionando um desenvolvimento perceptivo maior nos alunos. Dentro dessa perspectiva, um dos meios de se trabalhar a música nas escolas é a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis, como computadores, celulares, Tv’s com entrada Pen drive e também câmeras digitais. Com esses recursos à sua disposição, o professor cria novas possibilidades de realizar novas vivências aos seus alunos, com referências no que é produzido artisticamente na contemporaneidade.
Os meios tecnológicos facilitam o acesso a informações de um modo geral, seja para baixar programas, escutar músicas ou até mesmo compor, pois os acessos ao computador à internet e aos softwares trazem acessibilidade a um repertório musical mais amplo, possibilitando também a edição e criação musical. Com o avanço da tecnologia, equipamentos de gravação de áudio, microfones e outros equipamentos eletrônicos e digitais começaram a ser utilizados nas produções musicais, o que proporcionou uma nova forma de criação, fazendo surgir o que hoje chamamos de música eletroacústica.
Pode-se entender a música eletroacústica, como a música criada em laboratório a qual se utiliza de computadores, sintetizadores, interfaces e samples.
[...] a revolução tecnológica da comunicação e da informação afetou diretamente não só os modos de reprodução musical, mas também a própria produção musical [...] A experiência musical não é mais a mesma dos séculos anteriores. Assim, é bastante pertinente o desenvolvimento de projetos que explorem os recursos tecnológicos para a produção e apreciação musical (programas de estúdio que possibilitem a combinação de diversos sons para compor músicas [...] edição de músicas para produzir trilhas sonoras em filmes e vídeos (GRANJA, 2006, p.113).
Sendo assim, a tecnologia que se encontra disponível possibilita novas formas de criação musical, tanto em sala de aula quanto fora dela, pois é um meio que está presente na vida da maior parte dos alunos.

Considerações finais
A experiência musical centrada na exploração timbrística possibilita ao aprendiz a ampliação da escuta de seu entorno, assim como, a “limpeza dos ouvidos” para uma acuidade musical. A coletividade aliada à uma certa transgressão do modelo tradicional de aula de música, se tornaram possíveis nestas salas de aula em que a regra era: é proibido não-tocar!

Referências
CAZNOK, Yara Borges. Música: entre o audível e o visível. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

MENDES, Stenio. Percussão Corporal São Paulo, 2013. (Mimeo).

SCHAFER, M. Afinação do mundo. 2 ed. São Paulo: UNESP, 2011.

______. O Ouvido Pensante. Trad. Maris Fonterrada. São Paulo: Unesp, 2011.








O PIBID NA 32ª BIENAL DE SÃO PAULO – INCERTEZA VIVA

A 32ª Bienal de São Paulo vem com toda força trazendo muitas novidades no ramo da Arte. Sob o título Incerteza viva [Live Uncertainty], a 32a Bienal de São Paulo busca refletir sobre as atuais condições da vida e as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para acolher ou habitar incertezas. A exposição acontece de 10 de setembro a 12 de dezembro de 2016 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, reunindo aproximadamente 90 artistas e coletivos. (http://www.bienal.org.br/evento.php?i=2365).



A exposição se propõe a traçar pensamentos cosmológicos, inteligência ambiental e coletiva assim como ecologias naturais e sistêmicas. A incerteza na arte aponta para a desordem, levando em conta a ambiguidade e a contradição. A arte se alimenta da incerteza, da chance, do improviso, da especulação e ao mesmo tempo tenta contar o incontável ou mensurar o imensurável. Ela dá espaço para o erro, para a dúvida e até para os fantasmas e receios mais profundos de cada um de nós, mas sem manipulá-los. Aprender a viver com a incerteza pode nos ensinar soluções. Incerteza é, sobretudo, uma condição psicológica ligada aos processos individuais ou coletivos de tomada de decisão, descrevendo o entendimento e o não entendimento de problemas concretos. A arte promove a troca ativa entre pessoas, reconhecendo incertezas como sistemas generativos direcionadores e construtivos. (http://www.bienal.org.br/evento.php?i=2365).



Painel de Entrada

Espelho de Som - Eduardo Navarro 

Espelho de Som  - Eduardo Navarro

Nariz, Orelhas, Olhos - Pia Lindman

(Interior) Nariz, Orelhas, Olhos - Pia Lindman 

Em forma de nós Mesmos - Rita Ponce de Léon


A exposição traz produções fantásticas de vários artistas, que vale a pena conferir. A dica é ir com tempo para absorver tudo e aproveitar ao máximo cada centímetro da exposição. Você não pode perder essa oportunidade!




segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Meu Brasil Brasileiro

Nos dias 8, 9 e 10 de Setembro de 2016, as bolsistas do PIBID - Música estiveram na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) para a exposição de pôsters sobre os projetos executados no PIBID. Aconteceu durante o evento da VI Semana de Educação Musical no Instituto de Artes da UNESP, onde o tema era "Práticas Criativas em Educação Musical como Fator de Desenvolvimento Humano". 

O projeto Meu Brasil Brasileiro foi apresentado como relato de experiência pela bolsista Ana Luiza Bassani, onde foi tratado o ensino das brasilidades na Arte dentro da Educação Básica. Foi apresentado um pôster e também publicado um Resumo Expandido. 

Segue em anexo as publicações: 



Pibidiana Ana Luiza e Professora Daiane





Resumo Expandido: 

MEU BRASIL BRASILEIRO: UM PROJETO DE BRASILIDADE NAS AULAS DE ARTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Ana Luiza Bassani – PIBID/MÚSICA – UNICENTRO
aluizabassani@gmail.com
Jienefer Daiane Marek – PIBID/MÚSICA – UNICENTRO
jienefer97marek@gmail.com
Isabel C.R. Ramos – PIBID/MÚSICA – UNICENTRO
isabel.cristinarr@hotmail.com
Daiane S.S. da Cunha – CAPES/UNESP
dai_flc@yahoo.com.br

Resumo: O seguinte resumo segue a modalidade de Relato de Experiência. O projeto tem foco na Música Popular Brasileira e promove a compreensão e vivência dos alunos com a MPB. O projeto foi desenvolvido em nove turmas de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio atingindo aproximadamente 270 alunos. Os bolsistas acadêmicos de Licenciatura em Arte da Unicentro, em sua atuação no PIBID/Música, elaboraram a construção, aplicação e avaliação deste projeto. Destacamos as principais práticas e conteúdos abordados no projeto: História da MPB, Música Popular Brasileira, Maxixe, Teatro de Revista, Samba, Bossa Nova, Música de Protesto, Arte Engajada, História Artes Visuais, Colagem, a História da dança, prática de Pau de Fitas, Tubos Percussivos, Canto, Arranjos e Estilos.


Palavras-chave: Música Popular Brasileira; Ensino de Música; Interdisciplinaridade.
Introdução
O projeto de ensino “Meu Brasil Brasileiro” foi construído pelos acadêmicos e professores do Subprojeto de Música do Programa de Incentivo e Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade Estadual do Centro-Oeste – Unicentro, em Guarapuava no Paraná e foi desenvolvido em dois colégios públicos desta cidade, participaram do projeto alunos do Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio. O principal objetivo deste projeto foi desenvolver práticas artísticas interdisciplinarmente dentro da sala de aula, de acordo com a lei Nº 13.276/16 que tornou a dança, as artes visuais, o teatro e a música conteúdo obrigatório na educação básica, mas que, a partir de relatos, tanto de alunos quanto de professores, ainda sente-se a necessidade de maior valorização de conteúdos como a música. Sendo assim, o projeto está sendo executado com a intersecção entre prática e teoria para proporcionar maior vivência musical ao estudante. Buscando tratar de vertentes não tão conhecidas pelos alunos, mas presente nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná (PARANÁ, 2015), como Música Popular Brasileira, assim como cumprir a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Art. 26º. § 2º, para “[...] promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (BRASIL, 1996). Serão utilizadas nesse projeto outras linguagens artísticas além da música, para maior compreensão do aluno como uma só Arte, pois como argumentou Schafer (1991), a fragmentação dos sentidos resulta em fragmentação da experiência. Esse projeto tem como foco a Música Popular Brasileira e como princípio metodológico a vivência criativa como fundamento para a ampliação de repertório artístico-musical.
O projeto que está sendo executado tem como base o plano de ensino da aluna Isabel Cristina Rickli Ramos para a matéria de estagio supervisionado obrigatório em arte para o ensino fundamental no ano de 2015.
Metodologia
A partir da Pedagogia dos Projetos, de Fernando Hernandez, em intersecção com a metodologia triangular de Ana Mae Barbosa (2015), as aulas desse projeto estão sendo executadas de forma a integrar contextualização, produção e apreciação, para proporcionar vivência de modo a se entender a unidade em Arte.
As aulas propostas nesse projeto dialogam em seus conteúdos e práticas, com momentos de criação e apreciação de obras de artistas e de composição visual, dos próprios alunos.
Desenvolvimento
O projeto tem foco na Música Popular Brasileira e promove a compreensão e vivência dos alunos com a MPB. O projeto foi desenvolvido em nove turmas de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio atingindo aproximadamente 270 alunos. Os bolsistas acadêmicos de Licenciatura em Arte da Unicentro, em sua atuação no PIBID/Música, elaboraram a construção, aplicação e avaliação deste projeto.
A MPB surgiu no fim do século XVIII, na era colonial juntamente com a modinha, que cantava sobre amores impossíveis e o lundu, com suas letras engraçadas e com duplo sentido. Logo em seguida, no século XIX, surge o maxixe integralizado com o Teatro de Revista, que satirizada acontecimentos da época tendo como principal compositora Chiquinha Gonzaga.
Já em 1880, no Rio de Janeiro, surge o choro, que mesmo tendo este nome, falavam de temas alegres e agitadas, destaca-se o cantor Pixinguinha com sua banda “Os Oito Batutas”. No início do século XX, com a população mais pobre do Rio de Janeiro, surge o samba oriundo do povo africano, que na época habitavam as regiões mais pobres da cidade. “[...] da música a base de percussão e de palmas, produzida por esses negros chamadas batucada, iria nascer o samba, palavra de origem africana (Angola e Congo), provavelmente corruptela da palavra semba.” (ALBIN, 2004. p. 65).
Já no período situado entre a época de 1920 e 1930, denominado Década de Ouro da MPB, surgiu o Rádio e com ele novos  compositores e interpretes. Novos estilos aparecem para romper com a estética apresentada pela MPB, como a Bossa Nova. Em 1964, com o fim dos “anos dourados” pelo Golpe Militar surgiu a música de protesto, com o engajamento e o nacionalismo explicíto, nascendo assim a Jovem Guarda.
 Nas artes visuais em 1893, destaca-se nas obras feitas no Brasil, a colagem, destancando artistas como Carlos Scliar e Piza. A história da dança brasileira inicia-se com os povos indígenas, e logo depois ocorre a invasão dos portugueses, influenciando a cultura brasileira em suas diversas áreas, como por exemplo, a dança do Pau de Fitas, que é uma dança folclórica e em sua prática utiliza-se um suporte com várias fitas onde as pessoas dançam ao redor do mastro trançando-as. Em agosto de 2013, chegou ao Brasil um instrumento peculiar, os Boomwhackers (tubos percurssivos), através do pesquisador e arranjador Uirá Kuhlmann, que criou um método inovador para a execução de músicas, através de cartelas, como um jogo de prática instrumental, há variadas maneiras de percutir os Boomwhackers.
Conclusões
O projeto possibilitou vivências criativas e ampliação de repertórios artísticos brasileiros. As vivências proporcionaram o reconhecimento da brasilidade na Arte e promoveram o entendimento das diferenças culturais que existem em nosso país desde a era colonial até os dias de hoje, colocando o aluno como ser ativo na produção e valorização da música brasileira.
 Em relação às práticas musicais desenvolvidas, destacamos a adaptação das melodias e arranjos harmônicos de algumas canções para serem tocadas com tubos melódicos percussivos e como o aluno estava presente ativamente nas atividades.
Referências

ALBIN, Ricardo Cravo. O Livro de Ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

BARBOSA, Ana Mae. Arte-Educação no Brasil: realidade hoje e expectativas futuras. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v3n7/v3n7a10>.Acesso em: 21ago2015.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
HERNANDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Artemed. 2000.

KUHLMANN, Uirá. Música para Cartelas e Tubos Percussivos. São Paulo: Doremifabooks, 2015.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. Paraná, 2008.

SCHAFER, R. Murray. O Ouvido Pensante. São Paulo: Ed. Unesp, 1991.



O dia em que conhecemos a Sala São Paulo




No dia 11 de setembro de 2016, enquanto participávamos da VI Semana de Educação Musical no Instituto de Arte da UNESP (Universidade Estadual de São Paulo), tivemos a oportunidade de conhecer a famosa Sala São Paulo – que por sinal possui a melhor acústica da America Latina. Pudemos ouvir a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) que apresentou um concerto homenageando os “20 anos sem Eleazar de Carvalho” que foi um importante Diretor Artístico e Regente da OSESP. Nesta apresentação além de apresentar a OSESP, participaram também o Coro Acadêmico da OSESP e o Coro da OSESP. As peças tocadas foram Sergei RACHMANINOV com Danças Sinfônicas, Op.45 pela regente Valentina Peleggi e Heitor VILLA-LOBOS com Choros nº10 – Rasga o Coração pelo regente Roberto Tibiriçá. 




Sala São Paulo

Sala São Paulo - Homenagem a Eleazar de Carvalho

Sala São Paulo - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP)

Sala São Paulo - OSESP/Coro Acadêmico da OSESP/Coro da OSESP

Assistir a este Concerto na Sala São Paulo foi além de emocionante, um grande aprendizado para nós Pibidianos. É sempre bom conhecer e ampliar repertórios para que possamos passar adianta aquilo que conhecemos. Gratidão à cidade de São Paulo que nos proporcionou muitas vivências!