PROJETO DE ENSINO
Música e Tecnologia
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE – UNICENTRO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GUARAPUAVA
DEPARTAMENTO DE ARTE-EDUCAÇÃO
GUARAPUAVA PR
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GUARAPUAVA
DEPARTAMENTO DE ARTE-EDUCAÇÃO
GUARAPUAVA PR
IDENTIFICAÇÃO
DO PROJETO
TÍTULO: Música e Tecnologia
LOCAL DE EXECUÇÃO: Colégio Estadual Leni Marlene Jacob
PÚBLICO:
8º ano D
DURAÇÃO: 24 horas/aula
PERÍODO: maio a julho de 2016
DURAÇÃO: 24 horas/aula
PERÍODO: maio a julho de 2016
HORÁRIO
DE EXECUÇÃO: matutino
EQUIPE
PROPONENTE
Isabel
Cristina Rickli Ramos
Larissa
Damaris Lorena de Oliveira
CARACTERIZAÇÃO
DA PROPOSTA TÉCNICA
1. TÍTULO:
Música e Tecnologia
2. APRESENTAÇÃO
Como
uma segunda versão do projeto “Música e
Tecnologia na Escola”, primeiramente realizado em 2012, as bolsistas do PIBID Arte/Música
da UNICENTRO, Isabel e Larissa, aplicarão os planos de ensino na turma do 8º ano
D do Colégio Leni. A turma escolhida faz parte do projeto piloto “Conectados”
do Governo do Estado do Paraná, que faz com que os alunos usem os tablets enviados para esse fim, em sala
de aula.
O presente projeto tem por principal objetivo investigar sobre
as possibilidades metodológicas em educação musical como uso das novas
tecnologias, a fim de apontar caminhos possíveis para a efetivação do ensino de
música contemporânea na escola.
3. JUSTIFICATIVA
A
educação musical é essencial para formação do ser humano, contribuindo para a
compreensão do mundo, para o desenvolvimento da comunicação, percepção sonora e
multissensorial.
Nossa
atual sociedade pressupõe um novo tipo de ensino de arte, onde o ensino de
música tradicional deixa de ser foco principal, para dar lugar ao ensino de
música por outros meios, que não unicamente instrumentos e partituras
convencionais. Não podemos permanecer sem novas metodologias acompanhando as
mudanças que a sociedade nos impõe. As transformações das necessidades
objetivas da sociedade resultam no ambiente da educação em arte, por exemplo,
da educação musical, assim suscita-se mudança no fazer artístico relacionado às
modificações sociais, econômicas e tecnológicas.
O
desenvolvimento tecnológico exerce grande influência na música, tanto nos meios
de produção e distribuição, quanto em seus estilos e tendências, promovendo
novas possibilidades para músicos e compositores, o que torna ainda mais
exigente o papel do educador musical na contemporaneidade.
Neste
sentido este projeto procura atender as exigências metodológicas da educação
musical diante das novas tecnologias e da música contemporânea no ambiente
escolar. A aplicação do projeto pretende vislumbrar novas possibilidades de
efetivação da educação musical escolar exigida pela Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional 9394/96, em seu artigo 26, parágrafo 2 (BRASIL, 2012).
4.
OBJETIVOS
4.1. OBJETIVO GERAL
Proporcionar aos alunos uma nova experiência nas aulas de música
dispondo do uso de novas tecnologias.
4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
·
Estimular a
criatividade do
aluno para compor suas próprias músicas;
·
Trabalhar com meios eletrônicos acessíveis aos alunos;
·
Ampliar as
possibilidades metodológicas na
educação musical escolar;
·
Desenvolver no
aluno a
vontade de
pesquisar e
manipular sons;
·
Aguçar a
percepção sonora do
indivíduo através da
manipulação dos sons em
softwares;
·
Desenvolver o
senso crítico do
aluno mostrando-lhe diferentes estilos musicais, ou
ainda, diferentes arranjos de uma mesma música;
·
Constituir uma troca de
experiências musicais entre educando e
educadores;
·
Ensinar elementos musicais tais como altura, timbre, intensidade, duração, etc;
· Ampliar
o
repertório
sonoro
com
a
captação
de
sons;
· Efetivar a relação educação básica e
ensino superior.
5. METODOLOGIA
O desenvolvimento do projeto se
caracteriza como pesquisa participante de cunho qualitativo a ser realizada
pelos acadêmicos do subprojeto PIBID Arte/Música, supervisionados pelas
professora atuante na escola participante, sob orientação da professora
coordenadora, todos bolsistas da Capes.
Com base nos textos e práticas propostos
por Daniel Puig(2012), em seu site sobre a realização do projeto eletriCAp[1], será proposto algumas experimentações
diante das propostas de composição musical utilizando aparelhos tecnológicos como
recurso durante estas práticas.
A partir dos equipamentos disponíveis
na
escola,
de
posse
dos
alunos e monitores do PIBID, pretende-se pesquisar
e
produzir
música
com
as
novas
tecnologias:
para a captação de sons serão utilizados aparelhos como os tablets, celulares, câmeras fotográficas e de vídeo ou gravadores;
para edição e manipulação de áudio serão utilizados
softwares livres, principalmente
o
Audacity®.
Tendo
por
objetivo
estimular
a
apreciação
e
composição
musical
eletrônica
e
eletroacústica
o projeto visa trabalhar o ensino de música com meios eletrônicos, sendo
uma forma de abordar o conteúdo curricular aproximando-o da realidade dos alunos, os quais têm um contato intenso com novas tecnologias, o que facilita o
ensino
musical.
Entre
as
propostas
destacam-se:
trabalhar com os comandos que os programas utilizados podem oferecer, tais como:
efeitos
de
inserção
de
tom,
silêncio
e
ruídos; a
manipulação de samples, mixagem de
músicas, composição eletrônica.
6. FUNDAMENTAÇÃO
Com o avanço da tecnologia,
equipamentos de gravação de áudio, microfones e outros equipamentos eletrônicos
e digitais começaram a ser utilizados na produção musical, o que proporcionou uma nova forma de produção,
fazendo surgir o que hoje chamamos de música eletroacústica.
Pode-se
entender a música eletroacústica, como a música que é criada em laboratório e
se utiliza de computadores, sintetizadores, interfaces, samples, sendo assim não limita-se à produção sonora de instrumentos acústicos. Assim, a música de
câmara divide espaço com a música acusmática.
Os meios tecnológicos facilitam o acesso
a informações de um modo geral, seja para baixar programas, escutar músicas ou
até mesmo compor, pois o acesso ao computador, a internet e aos softwares
trazendo acessibilidade a um repertório musical mais amplo, possibilitando
também a edição e criação musical. Assim:
Essa
situação certamente contribui para o aumento dos repertórios musicais, de
escuta dos aprendizes. Ao mesmo tempo, a facilidade também existe para produzir
música, com mecanismos digitais que correspondem a determinados comandos, sem
exigir que o usuário da ferramenta tenha
conhecimentos específicos sobre instrumentos musicais.(GOHN, 2010, p.39)
Contudo ainda é preciso avançar a barreira da aceitação da música contemporânea na escola,
entre os estudantes e professores, pois uma música que se utiliza de qualquer
tipo de som, incluindo o ruído traz no mínimo um estranhamento. Mas a
autenticidade proporcionada aqui diminui essa reação à medida que o educando
pode selecionar seus sons, gravar, manipular, adicionar efeitos, além de
estimular seu ouvido para uma escuta mais sensível. Ou seja:
É,
portanto, essa situação bem definida, sólida e legitimamente estabelecida, é
esta situação perigosa que pareceu útil limpar do que se permitirá chamar a
sujeira dos preconceitos e da ignorância. Desde que se fale de música nova, há
um preconceito a se vencer. Há vários, mesmo. Há o preconceito dee sua
gratuidade em relação à tradição, de sua falta de base séria. Há o de sua
dificuldade de acesso. (BARRAUD, 1997, p.158)
Existem
inúmeros trabalhos acadêmicos de práticas musicais, e outras áreas, voltados
para o ensino com utilização de meios tecnológicos, porém na aplicabilidade são
poucos os professores que se utilizam destes projetos, isso se dá porque a
utilização de uma nova ferramenta pedagógica, por exemplo o computador, acaba
sendo um complicador para os professores, pois gera mais trabalho e exige maior
planejamento, além de que há a necessidade de se familiarizar com as
tecnologias, o que tira o professor da zona de conforto (BARBOSA, 2002).
Sobre
as dificuldades enfrentadas para efetivação do ensino musical nas escolas,
André afirma:
Nas
escolas públicas, a situação é agravada pela falta, muito anterior à dos
computadores e equipamentos de som, dos recursos tradicionais e básicos para os
processos de ensino-aprendizagem.
Segundo o documento “Estatísticas dos Professores no Brasil”, divulgado
pelo MEC/INEP em 2003, 45,1% das escolas públicas no Brasil não possuem nem
mesmo uma biblioteca em suas instalações.
No que tange à educação musical, a situação não é melhor. Na parcela dos estabelecimentos públicos onde
há aulas de música, muitas vezes faltam materiais pedagógicos básicos,
professores, salas apropriadas, instrumentos, entre outros. (RAMOS, 2007. p.08)
Historicamente as tecnologias de informação
chegaram ao Brasil na década de oitenta, principalmente com os
microcomputadores domésticos. Hoje em dia o acesso a estes equipamentos está
muito mais fácil, e financeiramente mais acessível. Apesar disso, ainda há os
menos favorecidos que não têm esse acesso, sendo a escola o lugar onde deveria
ocorrer este encontro entre o aprendiz e as novas tecnologias de informação, no
caso os computadores e seus aparatos. Neste contexto há o desafio de se ensinar
música a partir do uso de novas tecnologias, para tanto se suscita. (RAMOS,
2007).
As tendências mais
avançadas da produção atual são provenientes de uma espécie de lei natural que
levou muito progressivamente à desagregação de uma linguagem e, a partir de
certo momento, a tentativas diversas, seja de insuflar-lhe uma nova juventude,
seja de enriquecê-la com elementos novos, seja de substituí-la por sistemas
suficientemente coerentes para se acreditarem aptos a visar à sua sucessão.
(BARRAUD, 1997, p.159)
Considerando que o ponto de
partida desse estudo deve contemplar o amplo significado que a música teve na
educação ao longo da história. Em um período caracterizado pela transição do
pensamento mítico para o lógico, a música foi investida de um éthos educacional que influenciou o
currículo escolar a partir de então.
A
música é um conhecimento em que a percepção exerce um papel central. Na escola,
a inserção da música pode contribuir para proporcionar um maior desenvolvimento
perceptivo dos alunos. Entendemos que a construção do conhecimento na escola
será tão mais harmonioso quanto for a articulação entre suas dimensões
perceptivas e conceituais. (GRANJA, 2006. p.18)
Quanto a educação musical a partir de
tecnologias, há de certa forma uma democratização da tecnologia de informação e
de sua própria inclusão na escola, pois como André Ramos afirma: “[...] uma vez
que a música é feita com auxilio de meios eletrônicos, seja ela pop, funk, rap,
hip-hop¸ etc. tem uma aceitação notória entre a faixa etária dos
estudantes” (RAMOS, 2007, p.11). Além disso, os alunos terão uma aproximação
com a música, à composição, aos aspectos da música em geral, e ao aumento de
repertório.
Na música observamos que os
novos meios tecnológicos vêm como um recurso a mais para o fazer musical,
historicamente o primeiro grande feitio de instrumento musical eletrônico
registrado, são os sintetizadores[2],
criado por Robert Moog no século XX, e que desde então cada vez mais novos
equipamentos eletrônicos vêm sendo criados para a composição musical. (ZUBEN,
2004)
Portanto quando os meios
tecnológicos e o ensino-aprendizagem se encontram dentro de abordagens que
estão inteiramente à disposição da composição e criatividade do aluno, o ensino
de Música e tecnologia favorece na inclusão tecnológica de informação, e também
na educação musical.
Na luta das idéias novas, pouco importa saber quem tem razão
e quem não tem. Saber-se-à mais tarde... se se souber... e tanto pior! A
posteridade não é mais clarividente que os contemporâneos. Falsos valores se
salvarão de turbilhões que terão tragado outros bem mais autênticos. O impulso
dos jovens dominará talvez talentos em plena força antes mesmo que eles tenham
conseguido fazer-se ouvir. Mas o grande rio musical continuará a correr entre
suas margens cobertas de palácios e destroços. (BARRAUD,
1997, p.157)
A manipulação de informações digitais/ eletrônicas pode ser uma
ferramenta para compreender, analisar e criar em Arte. A partir disso, um dos
grandes desafios do ensino/aprendizagem não só na Arte como nas demais áreas de
conhecimento são as relações ensino/tecnologia. Para sermos bons profissionais
devemos nos preparar para esse universo de descobertas que está em constante
transformação, e que devido a isso todos os dias surgem novas formas e técnicas
de se produzir Arte com auxílio da tecnologia. Uma área artística que
pretendemos explanar é a música que a partir do século XX desenvolve uma
relação mais estrita com a tecnologia assim como relata Iazzetta (2001, p.1):
Técnica e tecnologia são dois aspectos da cultura que sempre estiveram
profundamente envolvidos com a música, e não apenas no que diz respeito à
produção, mas também em relação ao desenvolvimento de sua teoria e ao
estabelecimento de seu papel cultural.Com a chegada do século XX a relação
entre música e tecnologia se mostra mais intensa devido a uma série de fatores,
entre eles o aumento do conhecimento acerca de aspectos físicos e cognitivos do
som, o acesso a energia barata e a aplicação das tecnologias eletrônicas e digital
na geração sonora artificial.
Mesmo o ensino de música sendo recomendado pelos parâmetros
curriculares, no caso do Paraná pelas suas diretrizes curriculares, muitas
escolas não possuem a música inclusa em suas grades. Quando ela está presente
na escola, geralmente é em projetos musicas principalmente na educação infantil
e em casos isolados. No ensino médio a situação é ainda mais precária.
Há vários fatores históricos e sócio-culturais que influenciaram para
essa carência, um deles é a falta de profissionais formados e a resistência das
escolas em inserir a música em seus programas. Para que essa situação seja
revertida é necessário demonstrarmos a importância da música enquanto
conhecimento e não um ensino que busque o virtuosismo, mas sim, um aumento da
percepção por parte dos educandos.
Nos apropriando da definição de música de SCHAFER(2011,p.35), que afirma: Música é a organização de sons e
silêncio (ritmo, melodia, etc) com a intenção de ser ouvida podemos trabalhar
tanto com metodologias musicais tradicionais, quanto contemporâneas, pois tanto
a música tonal quanto músicas de paisagem sonora, eletroacústica e arte
sonora, em geral, se encaixam nessa definição.
Nossas praticas pretendem a ampliação dos
conhecimentos dos alunos acerca da percepção, sensibilização e criação sonora.
Nessa perspectiva Gandra (2008, p.15) escreve o seguinte: Percebe-se que a
educação musical tem como um dos seus objetivos a sensibilização, considerando
os interesses e iniciativas do educando a partir da ampliação do universo
sonoro, da expressão e experimentação musical através de sua vivência. E Granja
(2006, p.113) complementa ao dizer:
[...] a revolução tecnológica da comunicação e da informação afetou
diretamente não só os modos de reprodução musical, mas também a própria
produção musical [...] A experiência musical não é mais a mesma dos séculos
anteriores. Assim, é bastante pertinente o desenvolvimento de projetos que
explorem os recursos tecnológicos para a produção e apreciação musical(
programas de estúdio que possibilitem a combinação de diversos sons para compor
músicas [...] edição de músicas para produzir trilhas sonoras em filmes e
vídeos.
Para tal precisamos formar pessoas capazes de realizar
seus projetos a partir de múltiplas linguagens, entendendo que arte é vida, e
que ocorre se valendo de tudo que há a nossa volta, sendo sonoro, visual,
corporal ou além do que é imaginado e percebido. Por isso a prática docente
deve estar voltada para ensinar o que é atual, o que está à volta dos
educandos, a fim de que eles conheçam e percebam o que os rodeia e possam fazer
conexões. Armando Menicacci (2009, p.102-103) confirma este pensamento ao
dizer:
O atual é que sedimenta aqui e agora, no transcurso desse constante
processo humano de tensão em direção à auto-realização, um momento partículas dessa tensão que se
apóia no imaginário. A partir dão o processo eletrônico/digital, como produto
de realidades virtuais não seria alienante, mas essencialmente humano porque o
processo de virtualização não é somente inerte ao ser humano, mas o próprio ser humano. Isso não impede,
evidentemente, que nós podemos nos alienar, nos desumanizar ou desenvolver
comportamentos esquizóides com processo eletrônico/digital, confundindo, por
exemplo, os diferentes planos de existência.
Portanto se faz necessário não só ampliar o repertório sonoro, mas
aprofundar a percepção, o pensar e o fazer artístico. Granja ao escrever sobre
a importância da percepção fala ainda sobre o desejo de que o conhecimento se
baseie no equilíbrio entre a dimensão perceptiva e a construção no nível dos
conceitos. O sentido maior de qualquer aprendizagem deveria estar na
articulação entre as atividades de natureza perceptiva e os momentos de
elaboração conceitual.
A música
ao contrário do que muita gente pensa não é apenas composta por elementos
tradicionais como melodia, harmonia e ritmo. Essa é a música tradicional que
escutamos e aprendemos há muito tempo. Porém a música também é composta por
sons. E esses sons podem ser de
instrumentos ou vozes como na música tradicional ou podem vir de fontes
diversas, sons do corpo, de instrumentos ou até mesmo da paisagem sonora. Uma
pessoa pode captar esses sons separadamente, depois juntá-los e compor uma
música que pode ou não ter notas definidas. Mesmo que essa música composta com
sons da paisagem sonora, por exemplo, não tenha notas definidas ela pode ser
considerada música a partir do momento em que o compositor tem a intenção de se
fazer música, ou seja, talvez essa composição não seja agradável de se ouvir
para algumas pessoas, porém não existe uma regra de que para ser música é
preciso que seja agradável para todos, pois se existe som é possível compor uma
música. (SCHAFER, 2011)
Busca-se uma qualificação do ensino da música
na escola diante das novas tecnologias, pois os alunos terão a oportunidade de
criar coisas novas despertando assim um interesse em pesquisar, pois
acreditamos na capacidade de todos.
Meu
trabalho em Educação musical tem se concentrado principalmente em três campos:
Procurar descobrir todo o potencial criativo das crianças, para que possam
fazer música por si mesmas. Apresentar aos alunos de todas as idades os sons do
ambiente; tratar a paisagem sonora do mundo como uma composição musical, da
qual o homem é o principal compositor; e
fazer julgamentos críticos que levem à melhoria da sua qualidade. Descobrir um
nexo ou ponto de união onde todas artes possam encontrar-se e desenvolver-se
harmoniosamente. (SCHAFER, 2011. p. 272.).
É
pensando como Schafer, ou seja, no potencial criativo dos alunos, que
pretendemos trabalhar no projeto aliando as novas tecnologias ao ensino da
música, pois a composição torna-se o eixo da nossa proposta a partir do momento
que proporciona liberdade de expressão com a escolha dos sons. Desse modo
estaremos trabalhando tanto com o novo quanto com a realidade dos alunos.
Não
poderia a música ser pensada como um objeto que simultaneamente libertasse a
energia criativa e exercitasse a mente na percepção e analise de suas próprias
criações?O grande problema da educação é o tempo verbal. Tradicionalmente, ela
trabalha com tempo passado. Você pode ensinar apenas coisas que já aconteceram
(em muitos casos há muito tempo). É essa questão de tempo que mantém artistas e
instituições separados, pois os primeiros, através de atos de criação, estão
ligados ao presente e ao futuro. Executar, interpretar música e engajar-se numa
reconstrução do passado. A educação não é novidade ou profecia, presente ou
futuro. Executar, interpretar música e engajar-se numa reconstrução do passado,
que pode, certamente, ser uma experiência útil e desejável. (SCHAFER, 2011. p.
272.).
Trabalhar
composição de música com os alunos pode dar liberdade de uma atividade que
resultará em músicas produzidas e não reproduzidas, esse é um grande objetivo
desse trabalho, compor e compor sem regras clássicas, notação ou formas. Entender essa composição como prática para
exercitar a percepção sonora.
Todo
curso é conduzido gradativamente à tarefa final, que consiste em: ‘Vocês têm um
som. Componham com ele. Tudo o que peço é que vocês não me deixem enfastiado’.
(SCHAFER, 2011. P. 276.).
Que essa pesquisa possa
contribuir com o ensino da música nas escolas de ensino regular ampliando o
entendimento dos sons e da música e desenvolvendo maiores possibilidades de
expressão na área da música.
7.
CRONOGRAMA
|
Abril
|
Maio
|
Junho
|
Julho
|
Agosto
|
Reestruturação do projeto
|
X
|
|
|
|
|
Aplicação
|
|
X
|
X
|
X
|
|
Análise
|
|
|
|
|
X
|
8. REFERÊNCIAS
BARBOSA, Maria Lúcia Maragom. Utilizando o computador como ferramenta
pedagógica para vencer a resistência do professor – O caso da 38ª
Superintendência Regional de Ensino de Ubá-MG. Florianópolis: UFSC, 2002.
BARRAUD, Henry. Para compreender as músicas de hoje. São Paulo: Perspectiva, 1997.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases
Nacional. LDB 9394/96. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm Acesso em: 18 set 2012.
GANDRA Evelyn Forquim Buco. Sensibilização sonora: uma
prática da Arte- Educação. Unicentro: PR, 2008.
GOHN, D. Tecnologias Digitais para a
Educação Musical. São Paulo: EdUFSCar, 2010.
GRANJA, Carlos Eduardo de Souza Campos, Musicalizando
a escola: música,
conhecimento e educação, São Paulo:Escrituras Editora, 2006.
IAZZETTA, Fernando. A Música, o corpo e as máquina. Centro de Linguagem musical, 2001.
MENICACCI, Armando. O Ensino da dança frente às novas tecnologias: algumas reflexões, Seminários de Dança: O que quer e o que se
pode (ess)a técnica? (org) Cristiane Wosniak, Sandra Meyer, Singrid Nora, Joinville:
Letradágua, 2009.
RAMOS, André. A aplicação de meios eletrônicos no Ensino
de música: PLANEJAMENTOS E APLICAÇÕES DE estratégias PEDAGÓGICAS. Monografia
(Licenciatura Plena em Educação Artística – Habilitação em Música) – Instituto
Villa-Lobos, Centro de Letras e Artes: Universidade do Rio
de Janeiro, 2007.
SCHAFER,
Murray. O Ouvido Pensante.
2ª Edição Atualizada. São Paulo: Fundação Editora da UNESP,
2011.)
ZUBEN, Paulo. Música
e Tecnologia: o som e seus novos
instrumentos. São Paulo: Irmão Vitale, 2004.
9.
ANEXOS
PLANOS DE AULA
AULA 1
CONTEÚDOS
Música
e Tecnologia;
Conceito
de música eletrônica e eletroacústica;
Paisagem
sonora (soundscape).
OBJETIVOS
·
Conhecer
o PIBID, os acadêmicos e o projeto Música e Tecnologia na Escola;
·
Iniciar
a compreensão dos conteúdos a serem trabalhados no projeto.
METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS:
Apresentação pessoal, do
PIBID e do projeto de ensino que os alunos participarão.
Com as músicas do soundcloud do PIBID, levantar e mostrar
as possibilidades de efeitos, composições e manipulações de áudios por meio do
computador. Realizar, durante esses questionamentos, uma apresentação dirigida
dos sons, questionando os alunos quanto ao que os mesmos estão ouvindo, os
diferentes sons e suas variações.
Mostrar aos alunos, na primeira aula as possibilidades de composições,
os softwares e programas utilizados
para as composições.
Com isso, procuraremos mostrar que a música eletroacústica
tem suas particularidades para que, além de ser ouvida, os instiga uma
apreciação significativa dos sons. Explicar a diferença entre composição
musical comercial e produção artística. Exploração do som por meio de suas
propriedades sonoras, que são: timbre, altura,
intensidade, duração. Diante disto, dialogar com os alunos o que se
precisa fazer para se ter música.
Todos deverão responder o questionário em anexo.
CRONOGRAMA
CRONOGRAMA
|
1ª AULA
|
15’
|
Apresentação
dos estagiários e do projeto.
|
70’
|
Explanação
teórica, com apreciações musicais e discussão sobre os sons apreciados pelos
alunos.
|
15’
|
Responder
o questionário.
|
RECURSOS DIDÁTICOS
Computador, Data show e caixas de som.
AVALIAÇÃO
Participação ativa dos alunos durante as
discussões propostas, e nas respostas do questionário.
ANEXO
QUESTIONÁRIO
1- Projeto Música e Tecnologia
O
que é música?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você
já compôs alguma música?
( )
Sim (
)Não
Como
podemos produzir música?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você
já trabalhou com softwares de edição
de áudio?
( ) Sim
( )Não
Quais?
______________________________________________________________________________________________________________________________
Comente:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você
toca algum instrumento, ou canta?
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Qual
sua relação com meios eletrônicos e digitais (web sites, gravadores, downloads...)?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você
tem um estilo musical preferido? Que músicos, bandas, você costuma ouvir?
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você
aprende música nas aulas de arte? Com que frequência? O que aprendeu?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
AULA 2
CONTEÚDOS
Música
e Tecnologia;
Elementos do Som;
Conceito de música eletrônica e
eletroacústica;
Paisagem sonora (soundscape);
Audacity.
OBJETIVOS
·
Experimentar
os recursos do Audacity
·
Vivenciar
por meio de uma composição coletiva, as possibilidades sonoras.
METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS:
Em primeiro momento será feito um diário
de bordo com os alunos, onde eles deverão descrever de algum modo (textos,
desenhos, palavras soltas) o que se lembrarem da aula anterior. Todos os textos
deverão ser recolhidos.
Durante esta aula, iremos instigar a
experimentação dos recursos do programa utilizado (Audacity), sendo mostrado através
do data show as possibilidades de composição e manipulação sonora por meio do
programa utilizado. Os alunos acompanharão de forma visual e prática o
professor que estará apresentando, e, principalmente, os recursos existentes no
programa e da demonstração do seu uso.
Para que a aula siga de maneira
colaborativa por meio dos alunos, o professor dialogará com os mesmos, e juntos
escolherão uma música para que seja mixada, adicionando efeitos, modificando-a
para exemplo.
Para a escolha da faixa, faremos uma
votação a partir das músicas que os alunos têm em seus celulares, propondo uma
composição a partir do gosto musical dos mesmos.
CRONOGRAMA
CRONOGRAMA
|
2ª AULA
|
10’
|
Diário
de Bordo sobre a aula 1
|
75’
|
Demonstração,
utilizando o data show, da edição de uma música ou som no programa Audacity.
|
15’
|
Ouvir a composição feita pela turma e dialogar sobre as
possibilidades de composição digital.
|
RECURSOS DIDÁTICOS
Computador, Data show, Caixas de som,
celulares e cabos USB.
AVALIAÇÃO
Participação dos alunos no diário de
bordo e durante a explicação e manipulação sonora.
AULA
3
CONTEÚDOS
Explicação do trabalho em grupo e
prático:
·
Paisagem
sonora da escola
·
Sons
de brinquedos;
·
Sons
de instrumentos;
·
Sons
corporais;
·
Sons
vocais;
·
Sons
de objetos.
OBJETIVOS
·
Explicar
as categorias dos sons escolhida para oficina;
·
Exemplificar
como será feito o trabalho prático;
METODOLOGIA
E PROCEDIMENTOS:
Iniciar com a
escrita do diário de bordo.
Em seguida,
ouvir áudios que contenham trechos de músicas produzidas com sons das
diferentes categorias:
Brinquedos: Pato Fu (Música de
Brinquedo); John Cage (Piano de Brinquedo)
Paisagem Sonora: Schaeffer; sons da rua
Sons de Instrumentos: música eletroacústica mista
Sons Corporais: Barbatuques; Composição
dos pibidianos
Sons Vocais: poema vocal Edson
Zampronha, Alvin e os Esquilos, Vocal People
Sons de objetos: Stomp, Blue Man, Uakti.
Explicar o
trabalho prático que será realizado neste momento da oficina, detendo-se na
captação dos áudios. A turma será dividida em aproximadamente 6 grupos (pode
ser reajustado conforme o tamanho da turma), onde cada grupo terá o trabalho de
captar os samples de determinada
categoria de sons. Para a oficina
optamos pelas seguintes categorias:
·
paisagem
sonora da escola: sons que são característicos do ambiente escolar. Ex.: sinal,
apagando o quadro negro, barulho de carteira e cadeira, etc.;
·
sons
de brinquedos: sons que quando ouvidos o timbre se caracterize como o dum
brinquedo. Ex.: carrinhos, bichos de pelúcia, vídeo-game, bola, etc.;
·
sons de instrumentos: sons caracterizados por
timbres de algum instrumento musical. Ex.: violão, guitarra, bateria, flauta,
piano, tambor, etc.;
·
sons
corporais: sons que são gerados no próprio corpo ou não. Ex.: palmas, andar
pesado, tosse, arroto, estalo, etc.;
·
sons vocais: especificamente sons que são
realizados na região bucal. Ex.: canto, grito, gemido, uivo, etc.;
·
sons de objetos: sons com timbres de qualquer
objeto, no sentido bem amplo. Ex.: liquidificador, reco de estojo, velcro,
alarme de carro, martelo, etc.
Esses pontos do
trabalho prático serão primeiramente explicados na sala de aula.
CRONOGRAMA
|
3ª AULA
|
10’
|
Diário
de Bordo.
|
80’
|
Explicação
das categorias junto com os exemplos.
|
10’
|
Explicar
a proposta da atividade prática da próxima aula.
|
RECURSOS DIDÁTICOS
Para esta aula
será necessário Data Show para expor
o conteúdo trabalhado, e caixas de som para os exemplos.
AVALIAÇÃO
A avaliação se
dará de forma participativa, em relação à compreensão dos alunos com o trabalho
prático, e a discussão que será abordada sobre as categorias e os exemplos
mostrados, assim como a escrita do diário de bordo.
AULA
4
CONTEÚDOS
Captação de sons;
Samples;
Paisagens
sonora.
OBJETIVOS
·
Explicar
como se da captação dos sons, e como podem vir a ser samples;
·
Captar
os sons para edição nas próximas aulas.
METODOLOGIA
E PROCEDIMENTOS:
Explicar os
procedimentos deste momento do projeto, a de captação de sons mostrando as
possibilidades de sons que nos cercam, e que eles podem nos ajudar a compor
músicas; como esses sons se podem ser samples,
explicando que quando o som é cortado e utilizado uma pequena parte, se da o
nome de samples, e exemplificar com
as músicas do set de sons corporais
no perfil do pibid arte no soundclound.
O recurso eletrônico utilizado para a captação dos sons serão os tablets da escola, e explicar que haverá
trabalhos práticos que eles utilizarão os sons captados para suas composições.
Serão solicitados no mínimo 5 samples
de cada aluno, correspondentes à categoria que seu grupo pertence (Ex.: se um
grupo contém 5 alunos, então este grupo terá 25 samples no mínimo). Neste momento os sons serão captados e
iniciados somente na escola, porém os alunos poderão trazer sons já gravados de
instrumentos, objetos ou brinquedos para a próxima aula.
CRONOGRAMA
|
4ª AULA
|
10’
|
Diário
de Bordo.
|
20’
|
Explicar
a captação de som e como esse pode vir a ser samples,
|
70’
|
Gravação
de sons.
|
RECURSOS DIDÁTICOS
Tablets.
AVALIAÇÃO
A avaliação se
dará de forma participativa, em relação a compreensão sobre captação de sons e
como estes podem vir a ser samples, e
na escrita do diário de bordo.
AULA 5
CONTEÚDOS
Samples
Música
e Tecnologia
OBJETIVOS
·
Apreciar
os samples captados de cada aluno;
·
Discutir
a qual categoria pertence cada som.
METODOLOGIA
E PROCEDIMENTOS:
Dar continuidade
no trabalho prático iniciado detendo-se nas apreciações dos samples captados pelos alunos.
Neste momento da
oficina, a turma já dividida em aproximadamente 6 grupos (pode ser reajustado
conforme o tamanho da turma), trabalhará na apreciação dos samples correspondentes a sua categoria. Utilizando os tablets de
tal maneira que os alunos ouçam em grupo suas gravações, para que depois
mostrem para todos da turma algumas delas. Serão explanadas as características
do som para que façam uma análise de quais características os sons captados por
eles possuem.
CRONOGRAMA
|
5ª AULA
|
10’
|
Diário de
Bordo
|
30’
|
Discutir
as categorias
|
50’
|
Análise e
apreciação dos Samples nos tablets
|
10’
|
Organização
da sala
|
RECURSOS DIDÁTICOS
Para esta aula serão
necessários apenas os aparelhos que foram utilizados para captação dos samples, os computadores e caixa de som
para ouvi-los.
AVALIAÇÃO
A avaliação se
dará de forma participativa, em relação ao interesse de acordo com o material
coletado a partir da proposta a qual foi lançada de captação e em seguida de
apreciação. Assim como a escrita do diário de bordo.
AULA 6
CONTEÚDOS:
Improvisação e Composição Musical
Música e Tecnologia
Música eletrônica e eletroacústica
OBJETIVOS
·
Explorar
os efeitos: alterar altura, alterar tempo, alterar velocidade e amplificar.
·
Produzir
uma composição a partir das experimentações no programa Audacity.
METODOLOGIA
E PROCEDIMENTOS:
1ª prática (no
Laboratório de Informática da escola): Utilizando os samples coletados por cada grupo alterar altura, tempo, velocidade
e amplitude.
Durante o
processo de experimentação os acadêmicos deverão estar auxiliando os alunos,
explicando os conteúdos, sugerindo, criticando...
CRONOGRAMA
|
6ª AULA
|
10’
|
Diário de
Bordo em sala de aula
|
15’
|
Encaminhamento
da proposta
|
65’
|
Prática
|
10’
|
Organização e volta para
sala
|
RECURSOS DIDÁTICOS:
Computadores, software de manipulação de sons
(Audacity), conversores de áudio e vídeo, e tablets.
AVALIAÇÃO:
Participativa e processual.
A partir da realização da proposta de composição e escrita do diário de bordo.
AULA 7
CONTEÚDOS
Elementos da música eletroacústica.
OBJETIVOS
·
Selecionar
os samples coletados.
·
Explorar
os recursos do programa Audacity.
·
Criar
uma composição musical com clímax.
METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS:
Os alunos deverão escolher os
sons que possuem (já com efeitos) e criar uma música eletroacústica, ela deve
ter dois minutos de duração, e deverão ser inseridos efeitos, cortes, etc. A
música deverá apresentar um momento de clímax, ou seja, um momento principal
que chame a atenção. E deverão ser respondidas as questões sobre a produção do
grupo (em anexo).
O Áudio produzido pelos
alunos será salvo no formato MP3 em pen drive do professor e entregue ao fim da
aula.
CRONOGRAMA
|
7ª AULA
|
10’
|
Diário de Bordo em sala de aula
|
15’
|
Apresentação proposta
|
60’
|
Realização da atividade
|
15’
|
Entrega da atividade em pen drive
|
RECURSOS DIDÁTICOS
Pen drive, Computadores, software Audacity.
AVALIAÇÃO
Participação
durante a aula, entrega da faixa de áudio e escrita do diário de bordo.
ANEXO
Questões sobre a produção da
música:
1.
Como
ela inicia?
2.
Quais
sons você utilizou?
3.
Quais
são os efeitos que mais modificam o som, e os efeitos que menos modificam?
4.
Como
foi a criação do clímax, o que vocês utilizaram?
5.
A
finalização é brusca ou suave?
AULA
8
CONTEÚDOS
Composição Musical
Música e Tecnologia
Música Eletrônica
OBJETIVOS
·
Explorar
todos os recursos possível do software Audacity .
·
Compreender
o que é remixar.
METODOLOGIA
E PROCEDIMENTOS
Após a escrita
do diário de bordo, os alunos terão copiado em seus cadernos o texto sobre o
que é remix (em anexo) e será feita uma explicação sobre o assunto e sobre a
prática a seguir.
Prática: Em
duplas, remixar a música: “Que país é esse?” (Legião Urbana) utilizando todos
os recursos do Audacity . Lembrando de arquivar no pen drive
do professor a atividade parcial que continuará na próxima aula.
CRONOGRAMA
|
8ª AULA
|
10’
|
Diário de
Bordo
|
30’
|
Encaminhamento
proposta
|
45’
|
Prática
|
15’
|
Entrega
da atividade parcial em pen drive e volta para sala de aula
|
RECURSOS DIDÁTICOS
Notebook, Data show, computadores,
softwares de manipulação de áudio (Audacity ), pen drive.
AVALIAÇÃO
A avaliação será
feita individual com base no roteiro da proposta com a relação dos recursos
utilizados e análise dos resultados, assim como a escrita do diário de bordo.
ANEXO
Como fazer?
Escolha uma música. Usando um
sequenciador ou um editor de áudio, adicione arranjos que encaixem para
você na composição. Com o auxílio desses programas especializados, tenha à sua
disposição samples e efeitos que permitam diversas modificações estruturais
na música, tais como de altura, velocidade, intensidade, etc. Acrescente
batidas, efeitos, novos sons ou pedaços de outras músicas. Pense em remixar não
somente as batidas, mas também vozes e outros instrumentos.
O QUE É?
Fazer um remix é dar uma roupagem particular a uma música já existente,
imprimir nela suas preferências pessoais, modificá-la de acordo com seu próprio
gosto, fazer uma regravação, acrescentando novos sons ao original. O
nome vem do inglês: "re-mix"; ou seja, fazer uma nova mixagem,
em que as gravações originais da música são recolocadas juntas de uma maneira
diferente. Também pode ser entendido como uma releitura da música à maneira de
quem está remixando, podendo-se optar por acrescentar novos elementos, arranjos
e modificar o original.
Para a música eletrônica de pista, remix é o nome dado para a faixa
modificada por outra pessoa ou pelo próprio produtor. Essa modificação, na maioria
dos casos, é feita por um DJ, onde ele coloca uma batida animada e efeitos
adicionais criando uma versão dançante da música remixada. Existem diversos
tipos de remixes como Dance Remix, Trance Remix, Hybrid Remix, (puig) Hard
Remix, Megamix, Vocal Remix, entre outros. (PUIG, 2012)
Aula 9
CONTEÚDOS:
Composição Musical
Música e Tecnologia
Música Eletrônica
OBJETIVOS
·
Saber
identificar o tema de uma música;
·
Obter
maior domínio do software Audacity .
METODOLOGIA
E PROCEDIMENTOS:
Continuação da
pratica da aula anterior, identificando a ideia principal da música (o tema), alterando-o
com os recursos do Software Audacity e
inserção de samples. Arquivar no pen
drive.
CRONOGRAMA
|
9ª AULA
|
10’
|
Diário
de Bordo
|
10’
|
Encaminhamento
da proposta
|
65’
|
Prática
(remix que país é esse?)
|
15’
|
Entrega
da atividade em pen drive e volta para sala de aula
|
RECURSOS DIDÁTICOS
Notebook, Data
show, computadores, software de manipulação de áudio (Audacity
).
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará de forma
participativa, em relação à composição musical, e na escrita do diário de
bordo.
AULA
10
CONTEÚDOS:
Composição Musical;
Brainstorming (Tempestade de ideias).
OBJETIVOS:
·
Relembrar
os recursos aprendidos do Software Audacity;
·
Estimular
a criatividade para a composição;
·
Utilizar
a técnica Brainstorming (Tempestade de ideias) para ajudar os alunos na
composição.
METODOLOGIA
E PROCEDIMENTOS:
Nesta aula será
explicado como deverá ser feita a composição final, utilizando todos os
recursos aprendidos no Audacity, sons já gravados pelos grupos como os samples
de paisagem sonora, sons do corpo, sons de brinquedos ou de instrumentos musicais,
etc., ou ainda com qualquer estilo musical da preferência dos alunos. Em
grupos, a partir da técnica de Brainstorming (Tempestade de ideias), que é uma
dinâmica desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo
ou mesmo de um grupo, compartilhando ideias geradas a partir de um objetivo em
comum do grupo, os alunos deverão escolher uma música e pensar em que efeitos eles
querem alcançar quando passarem para a fase de edição. Em seguida responderão
algumas perguntas (em anexo). Essa aula servirá de planejamento da composição.
Para próxima
aula os grupos deverão trazer em um pen drive a música escolhida baixada e em formato MP3 para a edição.
CRONOGRAMA
|
10ª
AULA
|
10’
|
Diário de Bordo
|
30’
|
Explicação da proposta
|
50’
|
Brainstorm em grupos
|
10’
|
Organização da sala
|
AVALIAÇÃO
A avaliação se dará de forma
participativa, individual e em grupo, em relação ao planejamento e na escrita
do diário de bordo.
ANEXO
Questões quanto à
composição final:
1. Que música midiática escolhemos?
_________________________________
2. Como modificaremos o inicio da música?
_____________________________
3. Como acontecerá o clímax? ________________________________________
4. Como será a finalização da música?
_________________________________
5. Quais outros sons e samples utilizaremos em faixas de áudio paralelas a música editada?
__________________________________________________
AULA
11
CONTEÚDOS
Composição Musical;
Música eletroacústica e eletrônica.
OBJETIVOS
·
Editar
música escolhida;
·
Proporcionar
a liberdade de escolha de sons para a composição.
·
Utilizar
todos os recursos do Audacity já aprendidos;
·
Manipular
os sons escolhidos;
·
Compor
uma música em grupo com o uso do software.
METODOLOGIA
E PROCEDIMENTOS:
Nesta aula os
alunos poderão escolher sons, da internet e da biblioteca sonora adquirida nas
aulas, para editar uma música midiática. Essa escolha terá a orientação dos
pibidianos a todo momento.
CRONOGRAMA:
CRONOGRAMA
|
11ª
AULA
|
10’
|
Diário de Bordo
|
75’
|
Execução da proposta
|
15’
|
Organização e volta para sala
|
RECURSOS DIDÁTICOS
Computadores,
software de manipulação de áudio (Audacity ), pen drive.
AVALIAÇÃO:
A avaliação se dará de forma
participativa, individual e em grupo, em relação a edição e na escrita do
diário de bordo.
AULA 12
CONTEÚDOS:
Apresentação da sua composição;
Relato da experiência.
OBJETIVOS:
·
Apresentar
a composição final;
·
Relatar
a experiência adquirida;
METODOLOGIA
E PROCEDIMENTOS:
Nesta aula os
alunos farão o diário de bordo relatando suas aprendizagens durante todo o
projeto, colocando suas impressões, facilidades e dificuldades que tiveram
durante todo o processo.
Em seguida, os
alunos irão apresentar suas composições à turma, eles poderão falar sobre a
criação e execução, assim como a experiência na edição de sons no computador.
Ao final da
aula, todos deverão responder o questionário em anexo.
CRONOGRAMA
|
12ª
AULA
|
15’
|
Diário de Bordo sobre todo o projeto
Música e Tecnologia
|
70’
|
Apresentação das composições e
comentários do grupo, dos colegas e dos pibidianos sobre a composição.
|
15’
|
Conversa final.
|
RECURSOS DIDÁTICOS
Notbook, pen drive, Data show, caixas de som.
AVALIAÇÃO:
A avaliação se dará de forma
participativa, individual e em grupo, em relação a apresentação, na escrita do
diário de bordo, e na escrita do questionário.
ANEXO
QUESTIONÁRIO
2- PROJETO MÚSICA E TECNOLOGIA
O
que é música?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você
já compôs alguma música?
( )
Sim (
)Não
Como
podemos produzir música?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Como
foi sua experiência na Oficina Música e Tecnologia?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
De
que maneira você pode utilizar os conhecimentos adquiridos na oficina?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Qual
sua relação com meios eletrônicos e digitais (web sites, gravadores, downloads...)?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você
aprende música nas aulas de arte? O que aprendeu?
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Você gostaria que o conteúdo “Música e
Tecnologia” fosse incluído nas aulas de Arte?
Justifique:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
[1]
EletriCAp - Projeto de ensino ministrado pelo
professor doutor Daniel Puig, que consiste em oficinas de Música eletrônica
realizadas da CAp- UFRJ. Teve início no
ano de 2007 como atividade extraclasse e em 2009-2010 nas aulas de Música do
Ensino Médio. Constitui-se em uma experiência de utilização de meios
eletrônicos para o ensino da música em uma escola publica regular. Utiliza-se
apenas de softwares livres e fazem uso de equipamentos acessíveis. Uns dos
objetivos destas oficinas são: difundir a informação e manter a criatividade em
expansão.
[2]
Sintetizadores analógicos são instrumentos monofônicos que sintetizam os sons
utilizando osciladores controlados por tensão elétrica em contínua variação, já
os Sintetizadores digitais são instrumentos polifônicos que utilizam
microprocessadores internos para programar e controlar os parâmetros de síntese
do som. (ZUBEN, 2004)
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