domingo, 7 de junho de 2015

Orquestra Sinfônica do Paraná

Dia 28 de Maio de 2015 o grupo PIBID de Arte teve a oportunidade de assistir à Orquestra Sinfônica Paranaense em pleno movimento no Centro Cultural Teatro Guaíra de Curitiba, justamente no dia em que a recente (porém excelente) Orquestra completaria seus primeiros 30 anos de existência.

OSP em ação, com a regência de José Maria Florêncio.



A ORQUESTRA

Um pouco de história


Orquestra Sinfônica do Paraná é uma orquestra brasileira que foi criada em 28 de Maio de 1985. Seu primeiro maestro titular e emérito foi Alceo Boccino e o primeiro maestro adjunto, Osvaldo Colarusso. Foi instalada permanentemente no Teatro Guaíra de Curitiba e fundada pela Secretaria de Cultura de Curitiba; após a idealização (segundo Colarusso, creditada à violinista Eleni Bettes), audições para os músicos oficiais ocorreram em dois meses, a banca examinadora formada pelos maestros.
Foto tirada por Osvaldo Colarusso em 1985.

Os primeiros meses de ensaio foram complicados, visto que não haviam condições adequadas para os músicos no Guaíra, o que não os fez desanimar. Seu concerto de estreia foi com a abertura da ópera Anacreon, de Luigi Cherubini (primeira audição no Paraná), sob a regência de Osvaldo Colarusso. O êxito da estreia fez com que logo a Orquestra estivesse fazendo os famosos "Concertos Matinais", e a partir de 1985 iniciaram-se os trabalhos junto ao Balé Teatro Guaíra, e a produção de óperas.


Atuais músicos da OSP.

Ao longo dos 30 anos de existência da OSP, as dificuldades foram superadas e hoje ela contabiliza com 61 músicos concursados e um histórico de cerca de 750 concertos, óperas e balés apresentados dentro e fora do país, com um repertório de obras de mais de 200 compositores nacionais e internacionais. Neste link pode-se ter uma visão mais abrangente e subjetiva dos difíceis primeiros anos da Orquestra, escrita por Osvaldo Colarusso.





28 de Maio de 2015

O trigésimo aniversário da Orquestra Sinfônica Paranaense foi comemorada com uma programação e convidados especiais no Teatro Guaíra. Regida por um importante nome da música brasileira que atua no cenário mundial, José Maria Florêncio, e com a participação especial de Alex Klein, um dos mais renomados músicos eruditos brasileiros e atual Diretor Artístico da FEMUSC (Festival de Música de Santa Catarina) e Diretor Geral da PRIMA (Programa de Inclusão através da Música e Artes), na Paraíba.  A Orquestra performou concertos de Tchaikovsky, Strauss e Sibelius, com duração total de 90 minutos.

OSP em ação, com a regência de José Maria Florêncio.


Um pouco mais sobre os compositores

  • Piotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893)

Compositor romântico russo aos cinco anos já tocava piano e aos sete começou a compor. Estudou Direito e com isso ingressou no Ministério da Justiça, mas acabou pedindo demissão para se dedicar à música como profissão. Estudou composição com Anton Rubinstein e ao concluir, em 1866, foi convidado para o cargo de professor de harmonia no conservatório de Moscou. Tchaikovsky foi muito eclético, compôs em quase todos os gêneros. A atração de sua música tem origem na riqueza inesgotável de sua invenção melódica, ressaltada por conhecimento consumado de harmonia e contraponto, e dotada de um esplendor orquestral de marca facilmente reconhecível. Entre suas obras estão: O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida, O Quebra-Nozes, A Dama de Espadas, Romeu e Julieta, concertos e sinfonias.


O Concerto de 28 de Maio - "Eugene Onegin: Polonaise"

Abriu o conserto de aniversário com seus fantásticos cinco minutos. A música faz parte da suíte Quebra-Nozes e conta a história de um homem que recusa o amor de uma jovem romântica, alegando não ter nascido para o casamento. Mais tarde, encontrando-se casada, desespera-se numa paixão inútil, pois Tatiana, a heroína, permanece fiel ao seu marido, o príncipe Gremin, apesar dos rogos de Eugene Onegin. A cena ocorre no fim do século XVIII em São Petersburgo.

Pode-se ouvir gratuita e integralmente a música "Eugene Onegin" e toda a obra de Tchaikovsky no Rdio, fazendo login com email ou através da rede social Facebook.



  • Richard Strauss (1864-1949)

Compositor alemão, considerado como um dos mais destacados representantes da música no final da Era Romântica. EM 1886 se tornou regente da orquestra de Munique; em 1894 da Filarmônica de Berlim; em 1898 da Ópera Real de Berlim com a qual realizou turnê, em 1904, pelos Estados Unidos. Após a 1ª Guerra Mundial, renunciou a toda função política para se isolar em sua residência em Garmisch. Seus 60 anos são marcados por novidades e pelas forças de espírito nas suas obras; enquanto que nos últimos 30 anos aparecem m suas composições uma grande influência da obra de Brahms. Entre 1905 e 1915, surgem suas melhores óperas, mostrando seu estilo pessoal, complexo e até violento como é o caso de Salomé e Elektra.

O Concerto de 28 de Maio - "Concerto para oboé e pequena orquestra em ré maior"

Após a performance de Tchaikovsky, a Orquestra Sinfônica Paranaense inicia, juntamente de Alex Klein - que, inclusive, ganhou o prêmio Grammy em 2002 como "Melhor Solista Instrumental com Orquestra" com a gravação do mesmo concerto realizado com a Orquestra Sinfônica de Chicago -, o concerto de Strauss. Composto em 1945, a obra estreou em 26 de fevereiro de 1946 com a Tonhalle Orquester Zürich, sob a regência de Volkmar Andreae, com solo do oboísta Marcel Saillet.

Pode-se ouvir gratuita e integralmente o "Concerto para oboé e pequena orquestra, em ré maior" e toda a obra de Strauss no Rdio, fazendo login com email ou através da rede social Facebook. 

  • Jean Sibelius (1865-1957)

Johan Julius Christian Sibelius, conhecido como Jean Sibelius, foi um compositor finlandês, um dos mais populares do fim do século XIX e início do século XX. Ele exortou seu espírito nacionalista contra o poder do império czar russo, enalteceu na sua obras raízes e os valores nacionalistas do seu país diante das tentativas de influência e de opressão estrangeira. O seu Poema Sinfônico Finlândia foi escrito em 1899 quando os protestos do povo finlandês contra a autocracia russa atingiram o auge. Tornou-se o grito de batalha de um povo que lutava pela sua independência. Aos 35 anos já era famoso, mas, em 1926, interrompe bruscamente suas atividades de compositor para morar nas florestas ao norte de Helsinque e viveu isolado por mais de 30 anos. Em 1929, pulicou suas últimas obras e se fechou em silêncio quase definitivo. 





O Concerto de 28 de Maio - "Sinfonia Nº 1, em mi menor, Op. 39"

Último concerto apresentado na noite, a sinfonia de quatro movimentos foi composta em 1898 por Sibelius e apresentada no no seguinte, sob sua direção. Após a estreia, o compositor realizou diversas edições da obra que deram como resultado a versão final, interpretada hoje.

Pode-se ouvir gratuita e integralmente o "Sinfonia Nº 1, em mi menor, O. 39" e toda a obra de Sibelius no Rdio, fazendo login com email ou através da rede social Facebook. Neste vídeo é possível apreciar o quarto movimento do concerto performado pela OSP no dia 28 de Maio de 2015.





Referências:
  • Programa da OSP, fornecida dia 28 de Maio de 2015 pelo Teatro Guaíra.
  • http://www.teatroguaira.pr.gov.br/modules/espetaculos/espetaculos.php?auditorio=1&data=5/2014&dia=28#navegacao-auditorios
  • http://pt.wikipedia.org/wiki/Orquestra_Sinf%C3%B4nica_do_Paran%C3%A1






7 comentários:

  1. Penso que devemos oportunizar aos nossos alunos, momentos como esse de ir a um concerto de música clássica. Ao presenciar o concerto ao vivo, sentimos mais a música tomar conta de todos os nossos sentido, podemos perceber pequenos detalhes que reforçam o espirito de um concerto, e claramente a emoção toma conta de nós. Didaticamente estaremos trabalhando o sensível, é importante antes de ir ao concerto trabalhar música clássica, os compositores que serão mostrados na apresentação, para que o concerto seja mais um reforço do conteúdo em sala de aula.

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  2. Concordo, e é uma oportunidade de incentivo aos alunos também. Ao assistir um concerto, com toda sua magnitude e encanto, a inspiração vem à tona, e didaticamente falando é uma chance de promover incentivo à aprendizagem musical e de instrumentos.

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  3. Ter a oportunidade de assistir um concerto como este, é a sensação mais incrível que se pode ter, ver os músicos tocando, e a beleza dos instrumentos é muito fantástico. É um momento muito emocionante para que gosta e tem contato com a música. E como já foi dito dar esta oportunidade aos alunos é um grande incentivo, queria muito que todos tivessem esta oportunidade, é uma sensação indescritível.

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  4. Minha experiência foi de ir pela primeira vez a um concerto. É totalmente diferente ouvir obras gravadas de estar lá ouvindo ao vivo, a música se faz presente no corpo, as batidas do coração acompanham o ritmo tocado, as expressões dos instrumentistas e do maestro também influenciam na percepção. Concordo, e muito, com os outros comentários aqui, e como disse a Fernanda, um momento muito emocionante para que gosta e tem contato com a música.

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  5. A minha experiência em um concerto, assim como a da Isabel, foi a primeira. A sensação de estar lá, ao invés de estar escutando as composições através de um reprodutor é totalmente diferente. Ver a música em sua produção e ver os sentidos do corpo reagindo a toda aquela informação é indescritível. É importante que os alunos experiênciem também a arte dessa maneira, mas também é importante que eles estejam contextualizados com as obras, os compositores e o período dessas produções para um maior entendimento e para ter uma percepção maior sobre o concerto.

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  6. Como já falado é muito importante que os alunos tenham contato e vivenciem a experiência de apreciação de um concerto. A apresentação da OSP no dia 28 de maio também foi minha primeira experiência em um concerto, além das emoções descritas pelas meninas que também aconteceram comigo, procurei realizar um exercício interessante; ao longo do concerto tentei "direcionar"o meu ouvir somente a um instrumento e depois para o todo em si. Isso me ajudou a compreender melhor a complexidade da musica e aguçar meu ouvido para reconhecer os instrumentos.

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  7. A importância de uma Orquestra no contexto histórico-cultural e artístico de uma sociedade ainda é pouco conhecida, uma vez que através dos tempos, por diversos motivos, ela acabou sendo "elitizada". Ter tido esta experiencia mudou alguns conceitos pessoais que eu tinha, tanto das músicas, como das pessoas que frequentam esses lugares. Me senti muito a vontade e pude desfrutar de uma linda apresentação em uma data muito importante, nada mais nada menos que o aniversário de 30 anos a OSP.

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