quinta-feira, 8 de julho de 2010

Professor de Arte - Professor de Nada

Olá pessoas!
Eu, Vinícius, estou trazendo minha sugestão de leitura:
O texto: A professora de Nada de Maria José Braga Falcão.

Minha sugestão durante a reunião do Pibid na casa da Gracy foi um texto de Fernando Hernández sobre a avaliação no ensino de arte, acabei trocando a leitura por esse novo texto por que tive contato com ele depois da reunião e achei-o muito bacana mesmo.

No artigo Maria conta a história da professora Alice, atuante em escola pública do interior do Estado de São Paulo.
A partir dessa personagem, aborda diversas questões pertinentes ao estado do professor de arte e sua relação com a escola, com os outros professores, com os alunos e si mesmo.

Faz um panorama mostrando o olhar do professor de arte sobre seu trabalho e como esse mesmo trabalho é visto pelos outros.

Traz temas pertinentes ao ensino de arte (como a sensibilidade) e como eles acontecem dentro da estrutura escolar.

Faz a síntese do que acontece em muitos ambientes escolares onde o professor de arte é visto como professor de nada.

Boa leitura!

Texto integral: http://www.artenaescola.org.br/sala_relatos_artigo.php?id=586

6 comentários:

  1. “É necessário um conhecimento acerca do repertório expressivo que as crianças nos dão a ler. O que implica em [...] valorizar o repertório pessoal de imagens, gestos, fala, sons, personagens, instigarem para que os aprendizes persigam idéias, respeitar o ritmo de cada um no despertar de suas imagens internas”.(MARTINS, 1998, p.118)

    Lembrei das aulas da professora Janete quando ela pedia aos alunos que relatassem o que viam nas obras de arte, o que sentiam, e muitas vezes, ela ficava brava quando eles escreviam poucas coisas, conversei muito com ela e entendi o seu lado, ela queria que mais dos alunos, instigá-los. Porem hoje observando tudo isso olho para a profissão do professor e vejo muito mias do que alguém que mostra o caminho e implora para que os alunos sigam por ele, ser professor é ser um mágico, que impressiona o seu público com cada gesto cada palavra, e que ninguém sabe qual será a próxima atração.
    Quando é pedido aos alunos, que escrevam sobre o que eles vêem sobre o que eles sentem, é um bom momento para conhecê-los saber que experiências eles trouxeram do mundo, de suas vidas, de suas casas.
    O texto nos fala isso:
    “Ao longo da vida aprendemos sempre o “mundo vivido”, através de nossa sensibilidade e nossa percepção, que permite nos alimentarmos dessas espantosas qualidades do real que nos cerca...”

    É preciso respeitar os alunos, respeitar o seu tempo, respeitar o desenvolver da sua capacidade sensível, o que muitas vezes acontece é que nos como ser humano queremos respostas imediatas ao que esta sendo aplicado, porem quando se trata de isso não é possível, não pode ser dito, não pode ser definido.Aí entra a principal característica de todo professor, a sensibilidade.

    Alice era sensível e respeitava a sensibilidade dos alunos, essa é um das características que me chamou a atenção.

    ResponderExcluir
  2. Vini sua escolha foi bem pertinente e feliz, para mim o texto é muito bom pois ampliou a minha visão sobre a sensibilidade que tanto o professor quanto os alunos devem ter no campo da aprendizado. " O sensível(...)é preciso considerá-lo como elemento central no ato de conhecimento". Entretanto este sensível tem-se perdido ao longo dos anos tanto na vida quando na educação, quanto mais científico, frio e impessoal for as aulas melhor. Com isso os docentes estão apenas reproduzindo moldes prontos, vazios e mecanizados.
    O grande desafio de resgatar desta sensibilidade encontra-se sobre os professores de arte, visto que estes já estão impulsionados a transmitir e ensinar sobre o sensível. Fica a ressalva de que a sensibilidade vai muito além do que apenas utilizar os sentidos, como nos confirma a citação: "Nosso corpo( e toda a sensibilidade que ele carrega) consiste, portanto, na fonte primeira das significações que vamos emprestando ao mundo, ao longo da vida."(...) O mundo, antes de ser tomado como matéria inteligível, surge a nós como objeto sensível"(DUARTE JUNIOR, 2006)Particularmente tenho testemunhado esta descoberta do mundo primeiramente como objeto sensível na vida do meu filho de apenas 8 meses, pois para ele as coisas pertinentes ao mundo são sentidas e conhecidas através do toque, paladar, visão sons, cores, audição...Porém com o passar do tempo lhe será apresentado o mundo como matéria inteligível e tudo mudará, a morte do sensível será decretada e instaurado um novo tempo de "conhecimento científico" e "comprovado". Cabe citar o que Maria diz: "É triste ver meninos imóveis, em carteiras enfileiradas e salas sem ar, perdendo tempo em exercícios estéries, sem valor para a formação do homem." (...) A escola inicia-se, desde cedo, nas técnicas de esquartejamento mental, separando razão e sentimento, segundo a lógica da sociedade industrial. Os indivíduos devem produzir, num esquema racionalista, sem deixar as emoções e valores pessoais interferirem no processo" (DURTE JUNIOR, 1994) Cabe a nós como professores de Arte dar a nossa parcela de contribuição para que este quadro reverta, instigando e resgatando de volta esta sensibilidade que foi perdida na vida dos nossos alunos.
    Outro ponto que merece destaque é quanto ao equívoco valor que é dado ao ensino de Arte nas escolas, o nos texto diz: " Escola e Arte constituem campo de atrito.(...) Para a arte, disciplina de peso leve, são reservados tempos mínimos e espaços incoerentes." Grandes são as dificuldades enfrentadas pelos arte-educadores que se propõem a romper com esta visão pré-estabelecida nas escolas a respeito de onde, como e quando se faz Arte, contudo, se nos unirmos, seremos mais fortes e o impacto será maior. Fica ai os desafios: resgatar o sensível na vida dos nossos alunos e conquistar o nosso "espaço" dentro do meio escolar demosntrando o verdadeiro e grande VALOR da Arte.
    Gracy

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  5. eu na minha primeira observação pude perceber a importância de propor a participação dos alunos fizemos dois grupos e discutimos arte quebramos a barreira das carteiras e me senti na faculdade com o nível da discussão e comecei a perceber que a arte ta sendo valorizada

    ResponderExcluir
  6. no bloco anterior fiquei muito decepcionada quando um aluno falou a seguinte frase "a cara reprova em artes de fé que reprova mesmo" isso refletiu a falta de conhecimento que ainda existe em arte

    lu

    ResponderExcluir